O evento, que faz parte das celebrações que marcam o aniversário do nascimento do líder fundador Kim Il-sung em 1912, é um destaque do calendário turístico da Coreia do Norte e oferece aos participantes a rara oportunidade de correr nas ruas de uma capital fortemente controlada pelas forças de segurança.
A última edição teve lugar em 2019. Foi suspensa nos anos seguintes devido à pandemia de covid-19, que levou a ditadura com armas nucleares a fechar as suas fronteiras para evitar a propagação do vírus.
Os corredores estrangeiros vão participar num circuito de seis dias organizado pela Koryo Tours, uma agência de viagens especializada em estadias na Coreia do Norte, que se descreve como o "parceiro de viagens exclusivo da Maratona de Pyongyang".
"Os participantes partiram hoje", disse um funcionário da agência à AFP. Um grupo de estrangeiros foi visto a embarcar num voo comercial da Air Koryo que liga Pequim a Pyongyang, num vídeo publicado na conta oficial da transportadora nacional norte-coreana no Instagram.
"A maratona de Pyongyang é uma experiência única porque proporciona uma oportunidade de interagir com os residentes", afirma a transportadora com sede em Pequim no seu site, descrevendo "uma experiência verdadeiramente como nenhuma outra".
Em 2019, cerca de 950 ocidentais participaram na corrida, um aumento significativo em relação aos cerca de 450 participantes registados no ano anterior.
Em 2025, são esperados cerca de 200 corredores estrangeiros para a corrida de domingo, bem como mais de 200 norte-coreanos, disse recentemente Simon Cockerell, diretor-geral da Koryo Tours, à emissora australiana SBS.
"A Coreia do Norte é um país complexo e fascinante que intriga muitas pessoas e, embora possa não agradar a toda a gente, atrai certamente pessoas curiosas para visitar e ver o que podem fazer lá", afirmou.