No século XX, quando as épocas de F1 tinham apenas uma dúzia de Grandes Prémios, e por vezes menos, lendas do automobilismo como Juan Manuel Fangio, Jim Clark e Jacky Stewart não hesitavam em incluir Le Mans no seu calendário.
Apenas cinco fizeram uma dobradinha
Mas desde a criação do Campeonato do Mundo de F1, em 1950, apenas cinco homens conseguiram uma vitória em La Sarthe e um título de campeão do mundo: Mike Hawthorn, Jocken Rindt, Phil Hill (o único a consegui-lo no mesmo ano, em 1961), Graham Hill e Fernando Alonso, que ainda hoje está em atividade.
No domingo, um homem pode juntar-se a este círculo muito apertado: Jenson Button, campeão do mundo de 2009, inscrito num Cadillac da Team Jota, um sério candidato nesta edição de 2025.
Vencedores de GP
Button, 15 vezes vencedor de corridas de F1, atualmente com 45 anos, é o único ex-piloto da categoria máxima de Le Mans que deixou uma marca na história da disciplina.
Porque se olharmos para os vencedores de Grandes Prémios, a lista de 19 nomes fica drasticamente reduzida a dois.
O nome do outro é mais difícil de adivinhar. É o polaco Robert Kubica, o piloto do Ferrari 83 (o amarelo), vencedor de uma corrida de F1 das 99 em que participou: em 2008, no Canadá, com a BMW-Sauber.
Estrelas da resistência
Por outro lado, vários pilotos que tiveram passagens mais ou menos breves pela F1 tornaram-se estrelas da resistência.
Entre eles, Sebastien Buemi (25 Grandes Prémios) foi o que mais vezes venceu Le Mans: quatro títulos com a Toyota (2018, 2019, 2020 e 2022).
Os companheiros de equipa Brendon Hartley (25 GP) e Kamui Kobayashi (75 GP) também aproveitaram os anos de domínio da Toyota para acrescentar os seus nomes à lista de vencedores, três vezes para o britânico, uma vez para o japonês.
Antonio Giovinazzi, o piloto de fábrica da Ferrari (62 GP com a Sauber e depois com a Alfa Romeo) venceu a prestigiada edição centenária em 2023.
Os favoritos do público
Um dos favoritos do público é o local Sébastien Bourdais, que competiu em 27 GPs de F1. Será parceiro de Jenson Button e Earl Bamber no Cadillac 38.
Não venceu na F1 nem em Indianápolis, onde competiu nove vezes, e quer manter os pés no chão este ano. "Sabemos que o carro tem potencial, todos sonhamos com um grande resultado", diz, "mas dei um pequeno passo atrás e coloquei menos pressão pessoal sobre mim próprio no meu desejo de ganhar esta corrida que significa tanto para mim".
Devido à sua história familiar, Mick Schumacher também está muito presente nos olhos do público. O filho de Michael, sete vezes campeão do mundo, passou duas épocas na F1, sem convencer (43 corridas com a Haas).
Mas em Le Mans, a sua popularidade será reforçada pelo facto de conduzir um Alpine, a marca francesa que não vence em La Sarthe desde 1978, com Didier Pironi, que se estreou na F1 nesse ano.
Michael Schumacher, sem aparições públicas desde um acidente de esqui em dezembro de 2013, só correu uma vez em Le Mans, em 1991. Nessa altura, ainda era um desconhecido.