O piloto da Ferrari não pôde competir na Arábia Saudita porque teve de ser operado a uma apendicite e passou os 10 dias seguintes a recuperar.
Regressou timidamente às primeiras sessões de treinos em Melbourne na sexta-feira, sem saber como o seu corpo iria lidar com as forças gravitacionais das corridas a alta velocidade.
Mas perseverou e vai começar ao lado do campeão mundial da Red Bull, Max Verstappen, no domingo, apesar de se sentir desapontado por não ter conseguido a pole position depois de ter sido o mais rápido na Q1 e Q2 da qualificação.
"Quase não podia acreditar, especialmente depois do quão difícil foi", disse.
"Estou muito contente por desafiar os Red Bulls este fim de semana. Ontem (sexta-feira) estava um pouco enferrujado no início, mas depois ganhei velocidade e consegui finalmente encontrar o ritmo e sentir-me bem no carro. Não vou mentir, não estou no meu estado mais confortável quando estou a conduzir, mas consigo fazê-lo. Há muito desconforto e sensações estranhas, mas não há dor, o que me permite dar o meu melhor", apontou.
Sainz foi terceiro, atrás de Verstappen e do companheiro de equipa do neerlandês na Red Bull, Sergio Pérez, na corrida inaugural da época no Bahrain.
O piloto da Williams, Alex Albon, também sofreu de apendicite em 2022 e Sainz procurou-o para obter conselhos sobre o que esperar quando regressasse às corridas. "Sinto que foi exatamente o que o Alex me disse antes de entrar no carro quando lhe retiraram o apêndice", disse Sainz.
"Com a força da gravidade e tudo o mais, por dentro parece que tudo se está a mover mais do que o normal e é preciso um pouco de confiança para segurar o núcleo e o corpo como se está habituado, mas acabamos por nos habituar", continuou.
"Não há dor, não há nada com que nos preocuparmos. É apenas uma sensação estranha a que temos de nos habituar enquanto pilotamos. Especialmente neste circuito, estamos a puxar cinco a seis G's em algumas zonas de travagem e curvas", explicou.
Sainz não pode perder nenhuma oportunidade de mostrar seu talento e profissionalismo, já que deixará a Ferrari no final da temporada para dar lugar ao sete vezes campeão mundial Lewis Hamilton, que deixará a Mercedes.