Substituído após apenas duas corridas pela Red Bull, foi despromovido para a equipa irmã RB para a corrida do fim de semana passado no Japão, com Yuki Tsunoda a substituí-lo como colega de equipa de Max Verstappen.
"Obviamente, tem sido um par de semanas e meses loucos e muitos deles não têm sido os mais agradáveis", confessou o jovem neozelandês.
Lawson está a preparar-se para a sua segunda corrida com a equipa RB, com a qual disputou 11 corridas na época passada, no Grande Prémio do Bahrein deste fim de semana.
Com a temperatura no circuito de Sakhir a rondar os 37 graus, não foi nada parecido com o calor que sentiu na Red Bull depois de duas atuações sem brilho na Austrália e na China.
Mentalmente, tem sido um começo difícil para a sua primeira temporada completa, mas o jovem de 23 anos disse que se confortava com o facto de ainda poder fazer o seu trabalho diário.
"O facto de estar a correr todos os fins-de-semana neste momento é provavelmente a melhor coisa para mim, porque significa que me posso concentrar na condução", disse, com o som dos helicópteros a chegarem ao circuito.
Lawson terminou em 17.º lugar em Suzuka, no passado domingo, no seu regresso à RB, com o seu companheiro de equipa Isack Hadjar a conquistar os seus primeiros pontos na F1, em oitavo, mas promete que há melhor para vir.
"Penso que o fim de semana (no Japão) não mostrou devidamente aquilo de que penso que somos capazes. Infelizmente, falhámos a qualificação, mas no geral acho que me senti bastante confortável", disse.
O Bahrein é a etapa intermédia de uma série de três GP, que termina com o Grande Prémio da Arábia Saudita em Jeddah. Lawson sente que esse calendário agitado o ajudou a evitar pensar demasiado no que tem sido um início difícil em 2025.
"Acho que é a melhor coisa, se tivesse sido um intervalo de três semanas ou algo do género, estaríamos sentados em cima do assunto e, embora não queiramos falar sobre ele, acaba por surgir na conversa e, pelo menos desta forma, porque estamos a correr, tenho o suficiente para pensar", afirmou.
"Há dois dias, estávamos a matar zombies"
O companheiro de equipa de Lawson, Hadjar, teve um batismo de fogo na abertura da época na Austrália, acabando por ter um acidente na volta de formação, mas o rookie francês recuperou o fôlego para terminar em 11.º na China, seguido do impressionante oitavo lugar no domingo passado, depois de se ter qualificado em sétimo.
Embora compreensivelmente entusiasmado por conseguir os primeiros pontos da sua carreira, Hadjar garante que nada vai mudar.
"Claro que agora ser recompensado com pontos dá-me definitivamente um pouco mais de confiança, mas não é que eu não precise de trabalhar mais. Sempre me senti pressionado a continuar a trabalhar, por isso agora as expectativas das pessoas são talvez um pouco maiores, mas continuo a fazer o que faço".
Hadjar e Lawson têm-se entrosado como colegas de equipa fora da pista, com o parisiense criado no seio de uma família argelina a descrever a química do par como "muito boa".
"Jogamos padel, fomos juntos ao Call of Duty virtual. Como há dois dias, estávamos a matar zombies juntos na mesma equipa", atirou.
Hadjar recebeu elogios do influente conselheiro da Red Bull, Helmut Marko, após a sua corrida em Suzuka, o que levou à questão: responderia ele à chamada para se tornar o último parceiro do tetracampeão mundial Verstappen?
"Honestamente, agora parece que é muito difícil estar ao lado do Max. Isso faz-me querer ir ainda mais longe, para descobrir porquê, o que se passa, mas esse continua a ser o objetivo principal", atirou.
Ambos os jovens pilotos vão tentar impressionar nesta quarta ronda da época, que se realiza sob os holofotes no domingo à noite.