O escocês era um membro proeminente da equipa do presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, que deverá ser reeleito em dezembro.
A demissão, depois de Reid e o diretor do Automobilismo do Reino Unido (Motorsport UK), David Richards, se terem oposto às recentes alterações aos estatutos da entidade reguladora, será um ponto de discussão antes do Grande Prémio de Fórmula 1 do Bahrain, que se realiza no fim de semana.
"Quando assumi este cargo, foi para servir os membros da FIA e não para servir o poder. Ao longo do tempo, tenho assistido a uma erosão constante dos princípios que prometemos defender. As decisões estão a ser tomadas à porta fechada, ignorando as próprias estruturas e as pessoas que a FIA existe para representar", afirmou Reid, co-piloto campeão do mundo de ralis em 2001, num comunicado.
"A minha demissão não tem a ver com personalidades, mas sim com princípios. O desporto automóvel merece uma liderança que seja responsável, transparente e orientada para os membros. Não posso continuar, de boa fé, a fazer parte de um sistema que não reflete esses valores", acrescentou.
Não houve reação imediata de Ben Sulayem, que deverá participar nas reuniões da F1 e no Grande Prémio em Sakhir, mas um porta-voz da FIA disse que estava a ser preparada uma declaração.
Reid também apelou aos clubes membros da FIA e às partes interessadas para exigirem uma maior responsabilização da direção da federação.
Richards, que se encontra atualmente no Médio Oriente, escreveu uma carta aberta aos membros da Automobilismo do Reino Unido (Motorsport UK) na quarta-feira, referindo-se a "uma mudança da bússola moral" na liderança da FIA e disse que esperava discutir o assunto com Ben Sulayem.