Lando Norris, da McLaren, lidera o seu colega australiano Oscar Piastri por um ponto na classificação, com quatro rondas por disputar, incluindo o Grande Prémio de São Paulo e a sprint deste domingo.
Verstappen, que procura o seu quinto título consecutivo, está a 36 pontos do topo e aproxima-se rapidamente, depois de ter reduzido a diferença de 104 pontos no final de agosto, enquanto os dois pilotos da McLaren têm tirado pontos um ao outro.
O regresso do piloto neerlandês à luta pelo título fez recordar a alguns a temporada de 2007, conquistada por Kimi Raikkonen, da Ferrari, que terminou em grande e acabou por bater Lewis Hamilton e Fernando Alonso, ambos da McLaren, por um ponto.
"Não é assim que corremos", diz Brown
"Estamos bem cientes de 2007," afirmou Brown ao podcast Beyond the Grid da Fórmula 1, na quinta-feira. "Mas temos dois pilotos que querem conquistar o título mundial. Estamos a atacar, não a defender".
"Prefiro dizer 'Fizemos tudo o que podíamos, os nossos pilotos terminaram empatados em pontos e o outro venceu-nos por um' do que a alternativa", acrescentou.
"Que seria dizer agora a um dos nossos pilotos, quando estão separados por um ponto, 'Sei que sonhas em ser campeão do mundo, mas atirámos uma moeda ao ar e este ano não te calha a ti'. Esqueçam. Não é assim que corremos".
Norris superou Piastri nas últimas cinco corridas, situação que já originou teorias da conspiração online sobre um possível favorecimento da McLaren ao britânico em detrimento do australiano.
Brown afirmou que a melhor forma de vencer o título de construtores, que a McLaren garantiu no mês passado pela segunda vez consecutiva, é ter os seus pilotos a terminar em primeiro e segundo.
Quanto ao título de pilotos, acrescentou, o ideal é ter dois pilotos a lutar pelo campeonato.
Verstappen é, na prática, uma equipa de um só homem na Red Bull, sendo responsável por 321 dos 346 pontos da equipa em 20 corridas, e não precisa de se preocupar com o colega japonês Yuki Tsunoda a tirar-lhe pontos.
Brown sublinhou que queria garantir que, se Verstappen vencer, seja por mérito próprio ao bater a McLaren, e não por erros internos da equipa.
"Se 2007 voltar a acontecer, prefiro esse desfecho a todos os outros que resultem de favoritismos", acrescentou. "Não o faremos. Somos pilotos, estamos aqui para correr".