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Fernando Alonso: "Sinto-me velho ou privilegiado? As duas coisas"

Fernando Alonso em ação pela Aston Martin
Fernando Alonso em ação pela Aston MartinGREG BAKER / AFP
O piloto da Aston Martin acredita que pode estar mais acima em Xangai do que na Austrália, graças às caraterísticas do circuito asiático que o favorecem.

Depois de ter perdido a corrida em Albert Park, Fernando Alonso está confiante num melhor desempenho na China no domingo: "A qualificação na Austrália correu bem até aos danos na Q2, fomos competitivos. Mas na corrida é difícil avaliar o desempenho do carro. Foi um jogo de perseguição ao outro carro, à espera que a pista secasse. É preciso esperar por várias corridas, os circuitos da China, do Japão e do Bahrain são muito diferentes", afirmou.

"No ano passado fomos um pouco mais fortes, especialmente na qualificação. Fomos terceiros no seco e no molhado numa só volta e é difícil repetir isso. Mas vamos tentar marcar os meus primeiros pontos do ano. É um dos melhores circuitos do ano para nós", analisou, recordando o que aconteceu em 2024.

O espanhol não ficou totalmente insatisfeito com o que aconteceu na Austrália: "Tínhamos um pouco mais de ritmo do que os carros da frente, mas era muito difícil ultrapassar porque a linha de corrida era muito estreita e a degradação dos pneus era elevada, embora seja normal quando se segue outro carro. É preciso esperar. Foi uma primeira corrida interessante, o ritmo foi melhor do que o esperado e, pelo que vimos no Bahrain, a corrida foi complicada, mas a equipa marcou oito pontos graças a uma boa corrida do Lance, por isso correu bem", afirmou.

A sua longevidade

Fernando é o mais velho da grelha de partida da Fórmula 1, mas não vê isso como um fardo: "Sinto-me velho ou privilegiado? As duas coisas. É um privilégio continuar a correr e a fazer o que adoro, que é conduzir carros. Vivi muitos anos diferentes neste desporto, sinto-me competitivo, motivado e fresco para viajar pelo mundo e competir por este carro. E, acima de tudo, sinto-me competitivo. Se um dia não me sentir rápido, se vir que me falta ritmo, serei o primeiro a não gostar, porque sou muito competitivo. Estreei-me em 2001, competi no primeiro GP da China em 2004 e, em 2025, sou tão rápido como era em 2004, ou ainda mais rápido. É assim que me sinto. Agora nós, pilotos, temos mais ferramentas para melhorar, para corrigir algumas fraquezas que possamos ter", acrescentou.