A mudança de Hamilton, sete vezes campeão do mundo, da Mercedes para a Ferrari criou uma vaga na antiga equipa, com o piloto italiano de 18 anos, Antonelli, a fazer agora parceria com o experiente George Russell, que terminou em sexto na época passada, pelos Silver Arrows.
"Não acho correto dizer que sou substituto, ele fez tanto no desporto e eu sou o próximo piloto da Mercedes e só quero fazer a minha própria história. Mas, definitivamente, correr pela Mercedes é uma grande responsabilidade porque é obviamente uma equipa de topo. Ao mesmo tempo, é uma grande oportunidade, é um privilégio estar onde estou hoje e tento apenas aproveitar ao máximo esta oportunidade", disse Antonelli no lançamento da época 2025 da F1 em Londres, esta terça-feira.
Antonelli acrescentou que recebeu conselhos de Hamilton, dizendo aos repórteres: "Ele disse principalmente para aproveitar, não me preocupar com as circunstâncias externas, apenas trabalhar, aproveitar o processo."
Hamilton teve uma temporada de estreia surpreendente, terminando em segundo lugar em 2007 ao volante da McLaren ao lado de Fernando Alonso, que vinha de títulos sucessivos mundiais de F1.
Antonelli disse que o aspeto mais impressionante da "incrível" campanha de estreia de Hamilton foi a sua consistência.
"Sinto que o que ele (Hamilton) fez muito bem foi começar bem e depois continuar a desenvolver-se sem tentar fazer demasiado. Foi por isso que fez uma época fantástica e é isso que eu vou tentar fazer. Desfrutar e trabalhar muito", apontou.
Início acidentado "faz parte da jornada"
Antonelli foi confirmado como sucessor de Hamilton no Grande Prémio de Itália do ano passado, um dia depois da sua estreia num fim de semana de corrida ter terminado com um acidente na fase inicial dos primeiros treinos em Monza.
"É claro que não se quer cometer mais erros como este, mas faz parte da viagem, pode acontecer. Para ser honesto, não gostaria de estar a conter-me por estar preocupado com o que as pessoas possam pensar. Por isso, vou para a pista e vou esforçar-me", disse Antonelli.
Antonelli vai agora carregar as esperanças dos fãs italianos da F1 de que um dos seus possa trazer de volta a glória a uma nação apaixonada pelo desporto automóvel que não tem um vencedor de um Grande Prémio desde Giancarlo Fisichella em 2006.
O último italiano a vencer o campeonato do mundo de pilotos foi Alberto Ascari em 1953, embora o campeão de 1978, Mario Andretti, tenha nascido em Itália, apesar de ter representado os Estados Unidos.
No entanto, muitos adeptos italianos continuarão a dedicar-se à sua equipa de origem, a Ferrari, uma presença constante ao longo dos 75 anos de história da Fórmula 1.
"Os tifosi têm uma paixão muito forte pela Ferrari, mas acho que estão muito entusiasmados com o próximo piloto italiano. Já há muito entusiasmo, mas é ótimo que haja uma energia tão positiva. Estou realmente ansioso por correr nas minhas duas corridas em casa (Emilia-Romagna e Monza) porque muitas pessoas estão muito entusiasmadas", disse Antonelli.