"Se não ser escolhido seria uma desilusão? Sim, enorme", respondeu o estreante francês de 21 anos, quando questionado sobre o seu futuro pela AFP e pelo L'Equipe, à margem do Grande Prémio dos Estados Unidos deste fim de semana, em Austin.
Atualmente em nono lugar no campeonato, com 39 pontos, Isack Hadjar marcou pontos em 9 dos 18 GP que disputou, tendo mesmo obtido um terceiro lugar no final de agosto, nos Países Baixos. Estes desempenhos muito sólidos fazem do parisiense o favorito para ocupar o lugar do japonês Yuki Tsunoda, que a Red Bull não deverá manter, em 2026.
"A Fórmula 1 é um desporto onde se tem uma memória curta, onde se tem uma cultura do momento. Mas sei que ainda faltam seis corridas e que ainda vou marcar pontos, entrar na Q3 (terceira e última parte da qualificação) e fazer grandes exibições. Por isso, na verdade, não estou nada preocupado. Sim, mostrei o suficiente (para reclamar este lugar), consegui um pódio", disse o vice-campeão de Fórmula 2.
Embora a Red Bull tenha decidido tomar uma decisão dentro de duas semanas, após o Grande Prémio do México, Hadjar não tem qualquer intenção de aumentar a pressão sobre si próprio antes das rondas do Texas e do México.
"Não sabia que Helmut (Marko, conselheiro influente da Red Bull) tinha dito isso porque não leio o que é dito nas redes sociais. Mas isso não vai mudar a minha abordagem, porque quando entro no carro, só quero ter o melhor desempenho possível", explicou o francês à AFP e ao L'Equipe.
Hadjar também ficou encantado com a ideia de disputar uma corrida de sprint neste fim de semana no Texas, mesmo que seja menos instrutiva para ele.
"Do ponto de vista da preparação, é menos interessante porque se aprende menos, é verdade", disse.
"Num fim de semana de sprint, trabalho muito menos. É mais para maximizar e menos para otimizar. São duas abordagens bastante diferentes. Gosto de ambas, mas claro que, como piloto, prefiro o fim de semana de sprint porque gosto da competição", acrescentou.