A AFP Sport analisa cinco pontos de análise antes da quarta de 24 corridas da temporada de 2025 da Fórmula 1:
Ímpeto de Max?
Max Verstappen chega ao Bahrain depois de um dos melhores fins-de-semana da sua vida, pelo menos na pista, no Japão.
Depois de uma pole sublime no sábado passado em Suzuka, manteve os McLarens à distância com uma condução controlada para levar um carro da Red Bull que ainda não atingiu o potencial máximo até a linha de chegada e ficar um ponto atrás de Lando Norris no campeonato mundial. Venceu nas duas últimas viagens a Sakhir, com a Red Bull a registar uma dobradinha em ambas.
Embora isso possa ser uma tarefa difícil, com Yuki Tsunoda a passar por curva de aprendizagem íngreme nesta que será apenas a sua segunda corrida pela Red Bull desde que substituiu Liam Lawson, Verstappen está com vontade de provocar uma tempestade de areia no deserto do Bahrain.
O neerlandês admitiu que ainda precisa "levar o carro ao limite", mas aproxima-se do fim de semana com boas sensações.
"O Bahrain é normalmente um local onde nos temos saído bem. Gosto sempre de lá ir, por isso estou ansioso por ver o que esta semana nos traz e espero que possamos maximizar o desempenho do carro", disse, esta semana.
Ferrari procura soluções
Longe de ser um trampolim para coisas maiores, a Ferrari passou por um momento complicado desde a vitória inaugural de Lewis Hamilton para a Scuderia no sprint de Xangai no mês passado. A dupla desqualificação do sete vezes campeão e de Charles Leclerc na corrida na China foi seguida de um quarto lugar para Leclerc, com Hamilton três lugares mais atrás no passado domingo.
O objetivo da Ferrari agora é tirar o máximo proveito do desempenho do SF-25 na qualificação e na corrida de domingo.
"Não estamos onde queremos estar em termos de desempenho do carro e estamos a trabalhar arduamente com o objetivo de fazer progressos sólidos. Este será o nosso principal objetivo em Sakhir", disse o chefe de equipa Fred Vasseur.
Kimi acelera
O chefe da Mercedes, Toto Wolff, tem todo o direito de se sentir orgulhoso. A aposta em substituir uma das lendas de sempre do desporto, Hamilton, por um adolescente italiano que só passou no exame de condução em janeiro foi totalmente justificada.
Kimi Antonelli tem-se destacado nas três corridas que disputou até agora pelos Silver Arrows, ocupando um notável quinto lugar na tabela de pilotos. No fim de semana passado, tornou-se o piloto mais jovem da história da F1 a liderar uma corrida, batendo o recorde de Verstappen em 2016.
Também se tornou o piloto mais jovem a conquistar uma volta mais rápida. Ainda sem terminar fora do top 10, está a liderar o caminho dos seis estreantes a tempo inteiro na grelha de 2025. Nada mau para um jovem de 18 anos que ainda tem de estudar para os exames escolares.
A próxima geração em ação
Os treinos livres de sexta-feira contarão com uma série de equipas que vão dar uma hipótese às potenciais estrelas do futuro. Entre elas está Dino Beganovic, que tem dupla nacionalidade, sueca e bósnia. O piloto de Fórmula 2 da academia da Ferrari ocupa o lugar de Leclerc no FP1.
"Mal posso esperar pelo fim de semana. Vou apenas desfrutar do momento, bem como ajudar a equipa tanto quanto possível", disse o jovem de 21 anos.
Outros pilotos em ação serão o dinamarquês Frederik Vesti, da Mercedes, e o japonês Ryo Hirakawa, da Haas.
Dos camelos aos Red Bulls
Construído numa antiga quinta de camelos, a Red Bull desfila agora pelo local que acolheu o seu primeiro grande prémio - ganho por Michael Schumacher - em 2004.
Pode estar rodeado de deserto, mas ao contrário de Zandvoort, esculpido em dunas na costa neerlandesa, não há praticamente um grão de areia a soprar para a pista nas condições frequentemente tempestuosas.
Isso é graças a uma substância adesiva especial pulverizada em torno do circuito de 5,412 km para reduzir o risco.