Depois de 12 anos com a Mercedes, vai correr pela primeira vez com o vermelho da Ferrari no Grande Prémio da Austrália de abertura da época, esta semana, sabendo que as expectativas são elevadas.
O sete vezes campeão mundial começou oficialmente a trabalhar na Scuderia em janeiro, após a sua surpreendente mudança, e completou 162 voltas de testes no Bahrein.
O piloto de 40 anos disse que era difícil avaliar o lugar da Ferrari na hierarquia tão cedo na temporada.
"Obviamente, três dias no carro, é difícil saber em que posição estamos em relação a todos os outros. Mas tentamos manter a cabeça baixa e concentrarmo-nos no nosso trabalho. Mas para mim, quero dizer, estou ansioso para começar, acho que já faz muito tempo", disse em Melbourne.
A Ferrari foi derrotada no campeonato de construtores pela McLaren no ano passado, a sétima vez que a equipa italiana terminou em segundo lugar desde a última vez que ganhou o título de equipa em 2008.
Kimi Raikkonen foi o último piloto a conquistar o campeonato do mundo para a Ferrari em 2007 e Hamilton moderou as expectativas sobre o que poderia alcançar.
"Este é o período mais emocionante da minha vida"
"Tenho uma expectativa para mim próprio. Sei o que posso fazer, sei que posso cumprir, sei o que é preciso para o fazer, e é só baixar a cabeça e trabalhar", disse.
"Por isso, venho com uma mente muito aberta. Trata-se de entrar na época, de entrar num bom ritmo. Ainda estou a aprender este novo carro, que é muito diferente do que conduzi, no sentido de a potência da Mercedes se transformar em potência da Ferrari", acrescentou.
"É algo muito novo, uma vibração diferente, uma sensação diferente, uma forma diferente de trabalhar. Toda a equipa trabalha de forma completamente diferente".
No entanto, o britânico reconhece que o novo desafio o motivou para esta temporada.
"Definitivamente, este é o período mais emocionante da minha vida, por isso estou a desfrutar e estou muito entusiasmado por entrar no carro amanhã", disse.
"Quanto mais cedo conseguirmos atuar a um nível elevado e obter resultados, melhor. Mas é certo que há um período de transição e há uma base que precisa de ser construída".
"É isso que temos vindo a fazer nos últimos meses e a primeira metade da época é realmente uma espécie de base, construindo essas relações, a confiança que estamos a construir com absolutamente todas as pessoas da equipa".
Questionado sobre o que seria um bom resultado em Melbourne, respondeu: "Acho que, no final das contas, só quero sair sabendo que dei absolutamente tudo de mim. Que me esforcei da maneira que sei que posso, que me senti confortável no carro e com um pé na frente do outro".