O neerlandês, que já venceu dez das doze corridas realizadas este ano, reiterou a sua preocupação com o rumo das mudanças previstas para a Fórmula 1. Verstappen está particularmente preocupado com os efeitos da introdução da fórmula sprint e da expansão do calendário.

Ao mencionar isto, Verstappen admitiu que as preocupações levaram-no a questionar se ainda vale a pena competir no desporto. Por momentos, chegou mesmo a pensar em terminar a carreira.

"Estou muito preocupado com o desporto que sempre amei. Ainda gosto dele, mas só até certo ponto", disse Verstappen.

"Não é que eu seja completamente contra as mudanças, como às vezes se diz por aí. Mas têm de ser alterações que beneficiem o desporto", explicou.

"Porque é que se tem de mudar certas coisas quando tudo está a correr bem? Penso que a sessão de qualificação tradicional está bem organizada na sua forma atual. Porque é que foi introduzido o sprint? Foi só por causa do dinheiro?", questionou o campeão do mundo.

No entanto, o neerlandês acrescentou que, apesar destas reservas, não lhe falta motivação para lutar.

Verstappen é atualmente o piloto mais bem pago da Fórmula. Sabe-se, não oficialmente, que ganha cerca de 60 milhões de dólares por ano na equipa da Red Bull. A isto juntam-se contratos de publicidade, cujo montante não é conhecido.

"As pessoas podem pensar: porque é que ele se está a queixar quando ganha tanto?", admitiu Verstappen.

"O dinheiro não é importante para mim atualmente, já o ganhei na minha vida. Para mim, o que importa é a modalidade, o seu futuro", explicou.