O alemão não se envergonha do seu passado e acredita que é importante "enfrentar os problemas causados pela poluição ambiental e pelas alterações climáticas e procurar soluções". Até certo ponto, todas as pessoas são "hipócritas porque também gostamos de coisas que sabemos que não são assim tão boas. Temos de ir de férias para a Tailândia? Não. Mas também lá é incrivelmente bonito".
A sua abordagem: "Não devemos proibir as viagens, mas oferecer opções tecnológicas que nos permitam fazer as mesmas coisas que antes - só que de forma mais sustentável".
Este é também um desafio que o desporto automóvel tem de enfrentar. O combustível sintético que a Fórmula 1 utilizará a partir de 2026 tornará possível uma condução sem emissões de CO2. " Mas o combustível sintético não é uma panaceia", disse Vettel, que terminou a sua carreira na Fórmula 1 no final de 2022.
Vettel considera que o elevado consumo de eletricidade na produção de diferentes combustíveis é uma "grande lacuna" e sublinha: "O processo é ineficiente - enquanto a eletricidade seria utilizada em qualquer outro lugar, por exemplo, para aquecer edifícios".
Os combustíveis sintéticos poderiam, portanto, ser "uma tecnologia de transição para as formas de mobilidade" para as quais "ainda não dispomos de outras soluções, como o transporte marítimo ou aéreo. Ainda não existe nenhum navio porta-contentores ou avião elétrico ou movido a hidrogénio".