Tim Mayer, 59 anos, antigo comissário de bordo da Fórmula 1 e filho do antigo patrão da McLaren, Teddy Mayer, deixou a FIA em novembro do ano passado.
Na altura, afirmou que tinha sido despedido por mensagem de texto por um assistente de Ben Sulayem. A FIA nega que ele tenha sido despedido dessa forma.
"O que eu vejo neste momento é uma falha de liderança", disse numa conferência de imprensa, num hotel perto do circuito do Grande Prémio de Silverstone, acrescentando que estava a trabalhar na sua campanha há seis meses.
Mayer descreveu a sua candidatura como uma tarefa hercúlea, com o baralho a favor de Ben Sulayem, dadas as recentes mudanças estatutárias, e apenas cinco meses para fazer campanha e ganhar os votos das federações afiliadas.
Mayer não especificou quem fará parte da sua lista presidencial, um pré-requisito para se candidatar, e admitiu que ainda existem algumas vagas.
Tim Mayer disse ter o apoio da Motorsport UK e informou Stefano Domenicali, chefe executivo da Fórmula 1, de propriedade da Liberty Media, sobre os seus planos.
"O trabalho agora é explicar a muitos clubes pequenos em todo o mundo ... porque é que podemos fazer um trabalho melhor", disse Mayer.
"Explicar como podemos trazer valor e reestruturar a FIA para fazer um trabalho melhor. Penso que é necessária uma reestruturação", referiu.
Ben Sulayem, dos Emirados Árabes Unidos, já anunciou que vai tentar um segundo mandato e até esta sexta-feira não tinha nenhum adversário declarado, com o bicampeão mundial de ralis Carlos Sainz Sr, de Espanha, a decidir recentemente não se candidatar.
Mayer afirmou que se teria candidatado mesmo que Sainz tivesse decidido concorrer. Também rejeitou qualquer sugestão de conflito de interesses em relação à histórica ligação familiar com a McLaren.
A FIA é o organismo que rege a F1, o Campeonato do Mundo de Ralis e a Fórmula E, entre outras séries.