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Fórmula 1: Verstappen fica na Red Bull e espera-se silly season bem calma

Max Verstappen comprometeu o seu futuro na Fórmula 1 com a equipa Red Bull
Max Verstappen comprometeu o seu futuro na Fórmula 1 com a equipa Red BullMARCEL VAN DORST / NurPhoto via AFP
As estrelas da Fórmula 1 já marcaram as suas férias, os mecânicos anseiam pela pausa de verão de quatro semanas. Normalmente, é nesta altura que começa a chamada Silly Season, a época dos rumores loucos sobre transferências. Mas com a situação em torno da principal figura, Max Verstappen, agora esclarecida, o carrossel de pilotos poderá ficar praticamente parado este verão.

É que o tetracampeão mundial não vai mudar-se para a Mercedes na próxima época; após o Grande Prémio da Bélgica no passado domingo, uma cláusula de saída no seu contrato com a Red Bull, válido até 2028, foi anulada. A confirmação veio do consultor desportivo da Red Bull, Helmut Marko, à RTL/ntv e ao sport.de: “Sim, posso confirmar que Max Verstappen vai correr pela Red Bull em 2026".

Segundo o bem informado jornal De Telegraaf, essa cláusula de saída só poderia ser ativada caso Verstappen não estivesse no top 3 do campeonato de pilotos aquando da pausa de verão. Mas antes mesmo do Grande Prémio da Hungria, já era matematicamente certo que o neerlandês entraria na pausa como terceiro classificado do Mundial.

O problema para Verstappen, que tem uma vantagem de 28 pontos sobre George Russell, da Mercedes (quarto classificado), é que o atraso face à dupla da McLaren, que lidera o campeonato, é já considerável. O quinto título consecutivo parece agora fora de alcance: Verstappen está a 81 pontos do líder do campeonato e vencedor em Spa, Oscar Piastri.

Contudo, isso parece não incomodar demasiado o determinado piloto. Na Red Bull, que se separou do chefe de equipa Christian Horner no início do mês, após 20 anos, Verstappen diz-se “de um modo geral, muito feliz”, e afirmou recentemente que quer correr pela escuderia austríaca “até ao fim” da sua carreira.

Mercedes também quer continuidade no cockpit

Este cenário claro em torno de Verstappen ajuda a estabilizar o panorama noutras equipas para 2026. Na McLaren, a dupla Piastri/Norris só deverá ser alterada se a luta pelo título entre os dois escalar inesperadamente.

Também na Mercedes, que há uma década segue atentamente Verstappen, tudo indica que a dupla atual continuará. Isto apesar de Kimi Antonelli, o jovem estreante de 18 anos, só ter pontuado uma vez nas últimas oito corridas (incluindo a Sprint na Bélgica), depois de um arranque promissor na Fórmula 1.

Toto Wolff, chefe da equipa, já antes da corrida na Bélgica estimava em “90, 95 por cento” a probabilidade de manter essa dupla em 2026. A confirmação oficial de Antonelli e Russell, que brilhou com a vitória no Canadá e tem demonstrado grande consistência, deverá acontecer em breve.

Embora o recordista de títulos Lewis Hamilton ainda não tenha deixado marca desportiva significativa na Ferrari, o maior potencial de mudança num grande nome poderá afinal estar na Red Bull: Yuki Tsunoda, atual colega de equipa de Verstappen, tem sido amplamente ultrapassado. Perdeu todos os onze duelos de qualificação e dez das onze corridas frente ao neerlandês. Ppior ainda: nos últimos meses, Tsunoda somou menos pontos do que os pilotos das equipas Haas e Sauber.

Pelo menos internamente, Verstappen continua a ser o senhor do pedaço.