O mais velho dos irmãos Márquez chega a Mugello em alta depois de vencer metade dos oito Grandes Prémios e todas as corridas de sprint, exceto uma, em Silverstone.
Com 233 pontos, o seis vezes Campeão do Mundo de MotoGP tem 32 pontos de vantagem sobre o seu irmão mais novo Álex, que mantem o ritmo graças à sua consistência.
Quem está a ter muito mais dificuldades na primeira parte da época é o italiano bicampeão do mundo Francesco Bagnaia, que apesar de ter a mesma mota de Marc Márquez, só conseguiu uma vitória (no Texas) e está a 93 pontos de distância.
Única vitória em 2014
Apesar de ter 66 vitórias no MotoGP, a última das quais em Aragão (Espanha) há duas semanas, e de deter uma infinidade de recordes na categoria rainha, Marc Márquez só venceu uma vez em Mugello e isso foi há mais de uma década. No ano passado, na primeira época com uma Ducati, o catalão terminou no terceiro lugar, mas já experimentou o fervor que se instala nas colinas da Toscana quando um piloto monta uma Ducati Desmosedici GP.
A menos de uma hora da sede da marca italiana em Borgo Panigale, nos arredores de Bolonha, Mugello ruge todos os inícios de verão e fica pintada de vermelho, a cor da Ducati.
Apesar de tudo, Márquez está consciente da dificuldade de igualar o que conseguiu em Alcañiz há duas semanas, onde foi o mais rápido em tudo: treinos livres, qualificação, sprint, Grande Prémio... Até na volta de aquecimento!
"Não vai ser fácil repetir um fim de semana como este, mas vamos lutar, estamos em boa forma e este circuito permite que as nossas Desmosedici GP dêem o seu máximo", avisou.
Mas cuidado com a pressão: tudo o que não seja uma vitória para a Ducati e para o espanhol neste fim de semana pode ser considerado um fiasco.
O hat-trick de Bagnaia
A Ducati impôs-se nos últimos três anos com Bagnaia, que precisa de somar pontos depois de terminar em 16.º em França e de desistir em Silverstone, o que causou uma diferença na classificação em relação ao seu colega de equipa.
"Estou impaciente, não só porque fomos muito rápidos e competitivos nos últimos anos, mas também porque o que acontece em torno desta corrida é sempre especial", disse o campeão mundial de 2022 e 2023.
Apesar dos bons resultados no circuito da Toscana, o italiano não deverá roubar o lugar de outro compatriota, Valentino Rossi, que detém o recorde de vitórias em Mugello (nove, sete no MotoGP), cada uma delas num ambiente de quase histeria coletiva.
Com o primeiro terço do campeonato concluído, tudo indica que o campeão do mundo, a menos que Pecco renasça, terá o apelido Márquez, embora o nome próprio ainda não esteja definido. Álex Márquez tornou-se o grande rival do seu irmão pelo título graças à sua consistência: cinco pódios, sempre entre os seis primeiros, apenas uma desistência (França).