No circuito de Mandalika, na Indonésia, a queda de Márquez após uma colisão com Bezzecchi (Aprilia) permitiu a vitória do espanhol Aldeguer (Ducati-Gresini), enquanto na Austrália, em que Marco cumpriu uma penalização, foi R. Fernández (Aprilia-Trackhouse) quem alcançou a sua primeira vitória na categoria rainha do motociclismo.
A sétima coroa mundial de Marc tirou grande parte da emoção à reta final do campeonato, mas a dança de pilotos no topo do pódio promete dinamizar a antepenúltima prova do calendário.
Há um ano, a vitória em Sepang foi para Francesco Bagnaia (Ducati) no meio da sua luta pelo título contra o futuro vencedor Jorge Martín (Aprilia).
12 meses depois, o madrileno estará de fora devido a uma nova lesão na clavícula e "Pecco" nem sequer tem garantido o pódio na classificação geral do Mundial.
Apesar de se ter reencontrado com a vitória no final de setembro no GP do Japão, Bagnaia (quarto, 274 pontos) não terminou nenhuma das duas provas seguintes, e agora é terceiro na geral.
Momento para o outsider Acosta?
Ao bicampeão mundial (2022 e 2023) começa a faltar tempo para reagir na classificação, e este traçado, em que também venceu em 2022, parece ser uma das suas melhores oportunidades de desforra.
À sua frente, Álex Márquez (Ducati-Gresini) está cada vez mais perto de garantir o vice-campeonato mundial (379 pontos) e pode selá-lo já este fim de semana.
Em 2023 impôs-se na corrida sprint e ficou em segundo no Grande Prémio, antes de terminar em quarto na prova sprint e na corrida do ano passado, bons antecedentes para o seu objetivo.
O terceiro piloto em disputa nessa luta pelos lugares de honra, o já referido Marco Bezzecchi, demonstrou no último fim de semana estar em forma, ao conseguir subir ao pódio apesar de uma penalização que o obrigou a cumprir duas voltas longas (com um troço adicional em relação ao percurso da pista).
O italiano, que tem mostrado regularidade ao longo de toda a temporada com sete pódios, só conseguiu vencer em Silverstone.
Na Malásia, em que nunca superou a quarta posição, tem a dupla oportunidade de quebrar a sua má sequência no circuito de Sepang e de defender o seu terceiro lugar provisório no campeonato mundial.
Mais atrás, entre os outsiders decididos a aproveitar a ausência do recém-coroado campeão do mundo encontra-se, sem margem para dúvidas, o murciano Pedro Acosta (KTM).
Na sua segunda temporada na elite e depois de ter terminado várias vezes em segundo lugar, o jovem de Mazarrón aspira a imitar o seu conterrâneo Raúl para alcançar a sua tão desejada primeira vitória em MotoGP, com a qual consolidar o seu top cinco.