Em Bissau, na Conferência de chefes de Estado e de Governo, os representantes dos países decidiram “organizar reuniões de consultas técnicas entre os pontos focais de direitos humanos dos Estados-membros, prevendo participação de associações desportivas, federações e organizações da sociedade civil, com o objetivo de identificar e compartilhar experiências e boas práticas de combate a todos os tipos de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerâncias” relacionadas com o desporto.
A ideia, sublinha-se no documento, passa por “promover a integração e o diálogo intercultural dentro e por meio do desporto”.
O objetivo final das reuniões, explica-se na resolução, destina-se a compilar num relatório final “as sugestões de possíveis ações a serem executadas pelos Estados-membros com o objetivo de combate ao racismo”.
Em causa, justifica-se no documento, está a preocupação com “o aumento dos atos de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerâncias correlatadas em todo o mundo, inclusive no desporto”, mas igualmente uma ”profunda preocupação em relação a incidentes passados e recentes de racismo e discriminação no desporto e eventos desportivos”.
Para a decisão pesou a ideia de que “o desporto é um instrumento valioso de mobilização da juventude e pode ser utilizado para promover valores alinhados com os direitos humanos”, enfatiza-se na resolução.
A Conferência dos chefes de Estado e de Governo, que decorreu hoje na Guiné-Bissau, que passa a presidir à CPLP, sucedendo a São Tomé e Príncipe, foi antecedida por outras iniciativas, como a reunião dos pontos focais, do Conselho de Segurança Alimentar, do Comité de Concertação Permanente, ao nível dos embaixadores, e do Conselho de Ministros, que reúne os chefes da diplomacia.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.