A estrutura nacional feminina está a ser reformulada a partir da época de 2025, com oito condados a acolherem equipas de nível um, aumentando para nove no ano seguinte e 10 em 2027.
A equiparação dos salários será aplicada ao nível de "rookie", normalmente o primeiro contrato profissional de uma jogadora, e ao nível de "senior pro", para aquelas que se estabeleceram nas equipas principais.
Segundo a BBC, o salário mínimo para um "rookie", provavelmente o seu primeiro contrato profissional, será de 23.912 euros, subindo para 33.477 euros ao nível de profissional sénior.
Também foi acordado que cada um dos oito condados de primeira classe a quem foi atribuído o estatuto de primeiro nível deve investir pelo menos 597.817 euros nos custos salariais dos jogadores.
Foi confirmado um limite salarial de 956.492 euros, com um plantel mínimo de 15 jogadores contratados.
"A equiparação dos salários iniciais nos jogos profissionais nacionais masculinos e femininos é mais um passo positivo para o críquete feminino em Inglaterra e no País de Gales", afirmou Beth Barrett-Wild, diretora do BCE para os jogos profissionais femininos.
Emma Reid, diretora dos direitos dos jogadores e do críquete feminino da Professional Cricketers' Association, afirmou: "Este é um grande passo para alcançar a paridade e uma jornada que a PCA está totalmente empenhada em alcançar".
No ano passado, um relatório da Comissão Independente para a Equidade no Críquete (ICEC) afirmou que a discriminação, incluindo o sexismo, era "generalizada" no críquete inglês e que as mulheres recebiam uma "quantia embaraçosamente pequena em comparação com os homens".
Segundo o relatório, os honorários dos jogos da equipa feminina de Inglaterra correspondiam a um quarto dos pagos à equipa masculina nos jogos de bola branca, ao passo que nos jogos de teste esse valor era de apenas 15%.
O BCE anunciou em agosto de 2023 que as jogadoras de críquete inglesas receberiam as mesmas taxas de jogo que os seus homólogos masculinos, na sequência de medidas semelhantes tomadas por outras nações.
No entanto, o BCE não concordou com todas as recomendações do relatório, incluindo a igualdade de remuneração entre homens e mulheres.
O relatório do ICEC apelava à igualdade geral de remuneração média a nível internacional até 2030 e à igualdade de remuneração média e de prémios em dinheiro no críquete nacional até 2029.