O número um mundial registou uma média impressionante de 108,55 – a terceira mais alta de sempre numa partida da segunda ronda do Grand Slam – numa atuação que aliou precisão implacável a uma notável capacidade de superação.
Foi uma demonstração de controlo e concentração de um jogador que continua a elevar o seu nível para lá do alcance da maioria dos adversários.
Humphries disparou para uma vantagem de 5-0, com uma média superior a 119 nos primeiros cinco jogos.
O momento alto surgiu numa mão de dez dardos, em que seguiu a tradicional rota dos nove dardos de 141 antes de fechar com o duplo topo.
Van der Velde ainda respondeu com um magnífico checkout de 164, mas Humphries manteve-se firme e encerrou o duelo em 10-3, com uma taxa de sucesso de 77 por cento nos checkouts.
"Provavelmente foi uma das melhores exibições que tive na minha vida", afirmou Humphries à Sky Sports após o encontro.
"Acordei esta manhã e nem conseguia levantar a cabeça da almofada. Tenho tido problemas no pescoço há alguns dias. Tem sido difícil para mim durante todo o dia. É incrível como se pode jogar assim com uma lesão destas. Nem acredito que consegui. Estou com muitas dores agora, está a doer-me, mas sou um lutador. Dei tudo o que tinha esta noite", acrescentou.
Na próxima ronda, Humphries vai defrontar Michael Smith, que sobreviveu a um confronto caótico com Chris Dobey, acabando por vencer por 10-9 após uma série de dardos decisivos desperdiçados que deixaram todos em suspense.
Entre ambos, desperdiçaram vinte oportunidades para fechar o jogo, antes de Smith finalmente acertar o duplo quatro.
Noutro encontro, Gerwyn Price superou Martin Schindler por 10-6, mantendo o seu excelente registo na competição, enquanto Ricky Evans ultrapassou Luke Woodhouse por 10-9, alcançando pela primeira vez os quartos de final do Grand Slam.
No entanto, a noite foi de Humphries, que agora parece ser o homem a bater em Wolverhampton.
