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O jovem disparou para uma vantagem de 3-0 em pouco mais de meia hora, abrindo o marcador num primeiro set tenso antes de resistir a uma média de 104 de Luke Humphries para duplicar a vantagem. Littler — que tinha sido eliminado logo na 1.ª ronda no ano passado — esteve muito perto de fazer história no terceiro set, falhando o bull para um nine-darter de duplo início, mas compensou logo de seguida com um checkout de 104, colocando o resultado em 3-0.
Humphries ainda mostrou momentos de grande qualidade — com acabamentos de 149, 110 e um brilhante 154 — mas não conseguiu travar o ímpeto do adversário. Littler fechou o quarto set apesar de uma reação tardia, fez um 11-darter no sexto para recuperar a vantagem de quatro sets e acabou por selar o título com combinações de 98 e 111 e um 14-darter em duplo topo, conquistando assim o seu sétimo grande troféu PDC.
“Este não é o torneio mais fácil de vencer e esta semana foi mesmo muito dura”, afirmou Littler, que por pouco não acertou no bullseye para um nine-darter durante um duelo de altíssima qualidade. “Agora que levantei o troféu, posso riscar este da lista – e já não faltam muitos!”, acrescentou.
“Aprendi no World Matchplay que tenho de acertar nos grandes checkouts e fazer grandes pontuações quando o Luke me pressiona, e acho que hoje consegui isso muito bem. Ele esteve sempre atrás de mim, por isso não podia abrandar", explicou.
O triunfo de Littler surge após vitórias impressionantes frente a Gian van Veen, Mike De Decker, Gerwyn Price e Jonny Clayton ao longo da semana, reforçando ainda mais o seu estatuto como a maior promessa em ascensão do desporto.
O prodígio de Warrington nunca escondeu a ambição de destronar Humphries do topo do ranking mundial, e a sua exibição em Leicester deixa-o agora a apenas 70.000 libras do seu parceiro de Mundial. “Não é assim tanto prémio (£120.000), especialmente tendo em conta o que está em jogo”, comentou. “O Luke sabe agora que estou no seu encalço – estou a pressioná-lo", acrescentou.
Humphries, por sua vez, ficou a refletir sobre mais uma oportunidade perdida, vendo negado o segundo título do Grand Prix apesar de se tornar apenas o terceiro jogador, depois de Phil Taylor e Michael van Gerwen, a chegar a três finais consecutivas. O número 1 do mundo tinha ultrapassado Nathan Aspinall, Krzysztof Ratajski, Cameron Menzies e Danny Noppert até à final, mas não conseguiu acompanhar o ritmo avassalador de Littler.
“É difícil de aceitar – é frustrante. O Luke é muito eficaz”, disse Humphries. “Nos primeiros quatro sets falhei demasiados dardos para entrar. O duplo 16 foi meu aliado nos últimos três anos, mas hoje não esteve do meu lado", acrescentou.
“O Luke é incrível – joga mesmo muito. Dei o meu melhor, mas ele disparou e a sua classe fez a diferença. Voltarei. Tenho muitos mais duelos com ele pela frente, mas terei de estar melhor preparado", assumiu.
Para Humphries, foi mais um sinal da dimensão do desafio que tem agora pela frente – e da força imparável que se aproxima.
Para Littler, já vencedor do UK Open e do World Matchplay este ano, esta vitória representa mais um marco numa época de feitos extraordinários.