Diogo Jota, Jorge Costa, George Foreman e outras lendas que deixaram o desporto de luto em 2025

Diogo Jota faleceu aos 28 anos de idade
Diogo Jota faleceu aos 28 anos de idadeMike Egerton / PA Images / Profimedia

A morte do internacional português Diogo Jota, do Liverpool, num acidente de carro na Espanha, em julho, comoveu o mundo do futebol em 2025.

Infelizmente, em 2025 também faleceram outras lendas do desporto, entre elas o lendário ex-campeão de mundial de boxe George Foreman, o ex-técnico espanhol Xabier Azkargorta e o ex-atacante argentino Juan Ramón 'La Bruja' Verón. 

O Flashscore recorda aqui as partidas que marcaram o último e presta tributo. 

Diogo Jota

Foi a morte que causou o maior impacto no desporto em 2025. Diogo morreu com o irmão e também jogador de futebol, André Silva, nas primeiras horas do dia 3 de julho, depois de o Lamborghini em que viajavam se despistar numa estrada no noroeste da Espanha e pegar fogo.

O avançado da seleção portuguesa tinha-se casado com a companheira e mãe dos três filhos 11 dias antes do acidente.

"O que me consola em tudo isto é que, no último mês de vida, ele foi campeão em tudo. Um campeão para a sua família, que é o principal e mais importante, porque se casou. Um campeão para o seu país, porque ganhou a Liga das Nações com uma seleção que significava muito para ele, já que sempre trazia a bandeira para as nossas comemorações", disse o técnico Arne Slot, do Liverpool.

"E, acima de tudo, um campeão para nós por termos conquistado a Premier League", concluiu.

Jorge Costa

No espaço de poucos meses foi a segunda tragédia que se abateu no futebol português. De regresso ao FC Porto com a presidência de André Villas-Boas, o Bicho sofreu um ataque de coração enquanto trabalhava no Olival como diretor, tinha 53 anos.

Uma morte que provocou ondas de choque não só no reino do Dragão como em todo o futebol português onde Jorge Costa se tinha tornado numa figura consensual. Um defesa-central sólido, com mais de 300 jogos pelo FC Porto (383), sendo ele o capitão da equipa que ergueu a Liga Europa e a Liga dos Campeões, de forma consecutiva em 2003 e 2004.

Oito vezes campeão nacional, foi internacional português em 50 ocasiões, esteve no Mundial-2002 e no Euro-2000, sendo que foi enquanto jovem que conquistou o maior prémio por Portugal: o Mundial sub-20 de 1991, em Lisboa.

Como treinador orientou o SC Braga, Olhanense, Académica, Cluj (onde conquistou o único título nacional), Anorthosis, Paços de Ferreira, Sfaxien, Arouca, Tours, Mumbai City, Gaz Metan, Farense, Académico Viseu e AFS. Foi ainda selecionador do Gabão entre 2014 e 2016.

George Foreman

O norte-americano George Foreman, ex-campeão mundial dos pesos pesados, que perdeu uma luta histórica e emblemática contra Muhammad Ali em 1974, antes de reconquistar o título duas décadas depois, morreu em 21 de março aos 76 anos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelidou-o de "GRANDE LUTADOR"."Era alguém especial, mas acima de tudo, era uma grande pessoa", escreveu Trump na rede Truth Social.

"A contribuição para o boxe e e fora dele jamais será esquecida", acrescentou a lenda Mike Tyson no X.

Foreman foi campeão olímpico de superpesados nos Jogos do México em 1968, mas será sempre lembrado pela "Luta na Selva", quando perdeu o título de peso-pesado para Ali em Kinshasa, capital do antigo Zaire (atual República Democrática do Congo).

"El Bigotón" Azkargorta

O ex-técnico Xabier Azkargorta, que apurou a Bolívia para o Mundial-1994 nos Estados Unidos, a última disputada pelo país até hoje, faleceu em 14 de novembro aos 72 anos.

Apelidado de "El Bigotón", o espanhol teve uma breve carreira como jogador no País Basco, interrompida precocemente por lesões, mas foi à beira do campo que ele se destacou.

Azkargorta se tornou uma lenda do futebol boliviano
Azkargorta se tornou uma lenda do futebol bolivianoAFP

E foi com seleção boliviana, que contava com Marco "El Diablo" Etcheverry e Erwin "Platiní" Sánchez, que Azkargorta alcançou a glória: classificou a equipa para o Mundial-1994 e impôs ao Brasil sua primeira derrota na história da qualificação Sul-Americansa, um 2-0 em La Paz, em 1993.

Yola Ramírez

Yolanda del Monte Ramírez y Partida, conhecida simplesmente como Yola Ramírez, foi uma tenista mexicana que atuou nas décadas de 1950 e 1960 e finalista de Roland Garros duas vezes, em 1960 e 1961.

Venceu o Open da França nas duplas femininas em 1958, jogando ao lado de sua compatriota Rosie Reyes, e nas duplas mistas um ano depois, ao lado do britânico Billy Knight. Em 9 de março, a ex-atleta faleceu aos 90 anos.

"Hoje, o ténis mexicano se despede de uma lenda (...), a maior tenista mexicana de todos os tempos. O legado no ténis nacional e internacional perdurará para sempre na história do nosso desporto", disse a Federação Mexicana de Ténis em um comunicado.

Nicola Pietrangeli

O lendário tenista italiano Nicola Pietrangeli faleceu no dia 1 de dezembro, aos 92 anos.

Foi bicampeão de Roland Garros (1959 e 1960) e o primeiro italiano a vencer um torneio de Grand Slam. Na carreira, que se desenvolveu principalmente antes da Era Open, Pietrangeli conquistou 48 títulos de simples. Em Roland Garros, também perdeu duas finais, contra o espanhol Manuel Santana, em 1961 e 1964.

Miguel Ángel Russo

Miguel Ángel Russo, técnico do Boca Juniors, morreu aos 69 anos em Buenos Aires, no dia 8 de outubro, e sua morte entristeceu o futebol argentino.

Embora tenha passado toda a carreira de jogador no Estudiantes de La Plata, entre 1975 e 1988, sua maior conquista foi como técnico "Xeneize", quando venceu a Libertadores em 2007, a sexta e última conquistada pelo clube.

"Para sempre em nossos corações", dedicou o Boca Juniors numa faixa com sua imagem no estádio e as taças conquistadas com Russo na grama do campo de jogo.

"Obrigado por tantas alegrias. Você permanecerá para sempre em nossos corações. Descanse em paz, querido Miguel", disse Ángel Di María, campeão do Mundial-2022 pela seleção argentina.

"El Loco" Gatti

Outra lenda do futebol argentino, o lendário guarda-redes Hugo Orlando Gatti, faleceu em 20 de abril em Buenos Aires, aos 80 anos. Pioneiro no golo – jogava com os pés numa época em que os guarda-redes não saíam da área – nas décadas de 1960 a 1980, El Loco jogou 26 temporadas na primeira divisão argentina, atuando por clubes como River Plate e Boca Juniors.

Também disputou 18 partidas pela seleção argentina. Foi no Boca Juniors que alcançou seus maiores sucessos: a Libertadores de 1977 e 1978 e a Intercontinental de 1977, na qual derrotou o Borussia Mönchengladbach.

Nikola Pilic

O lendário tenista croata Nikola Pilic, mentor e "pai no ténis" de Novak Djokovic, faleceu em 23 de setembro aos 87 anos.

"O meu pai no ténis, descanse em paz", disse Nole.

Pilic foi finalista de Roland Garros em 1973 e conquistou cinco Taças Davis como capitão.

"Nikola Pilic será lembrado como o único capitão que levou três países diferentes à vitória na Taças Davis", destacou a federação croata, referindo-se aos títulos conquistados com Alemanha (1988, 1989 e 1993), Croácia (2005) e Sérvia (2010).

"La Bruja" Verón

Juan Ramón Verón, pai do atual presidente do Estudiantes de La Plata e ex-jogador da seleção argentina Juan Sebastián Verón, morreu no dia 27 de maio, aos 81 anos.

"La Bruja" Verón foi um avançado habilidoso que jogou na era de ouro dos Pincharratas, quando o popular clube de La Plata conquistou três Libertadores consecutivas, em 1968, 1969 e 1970, e a Intercontinental de 1968 contra o Manchester United.