Os russos Petr Gumennik, de 23 anos, e Adeliia Petrosian, de 18 anos, assim como a bielorrussa Viktoriia Safonova, de 22 anos, já tinham ultrapassado a fase de qualificação estabelecida pela União Internacional de Patinagem (ISU), antes de serem submetidos a uma segunda avaliação por um comité dedicado do COI.
Como a entidade olímpica manteve as mesmas condições de participação que nos Jogos de Paris-2024, os atletas em causa só podiam competir individualmente, não ter qualquer ligação ao exército ou aos serviços de segurança russos e não ter manifestado publicamente apoio à invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
A primeira lista publicada na noite desta quinta-feira "será atualizada em função das decisões tomadas pelo comité de avaliação dos atletas individuais neutros", esclarece o COI, mas é muito pouco provável que atinja os 15 russos e 17 bielorrussos presentes em Paris (onde conquistaram 5 medalhas).
Ao contrário das federações internacionais de verão, que na sua maioria readmitiram russos e bielorrussos sob bandeira neutra em conformidade com as recomendações do COI, as federações de inverno mostram-se bastante mais relutantes.
A Federação Internacional de Esqui (FIS) – cujas modalidades representam mais de metade dos pódios olímpicos – assim como a de biatlo, continuam a impor uma proibição rigorosa, tal como durante muito tempo fez a entidade responsável pela luge.
O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) abriu, no entanto, caminho no final de outubro para a reintegração dos atletas russos de luge, considerando a sua exclusão desproporcionada. Isso levou a um recurso russo contra a intransigência da FIS, que deverá ser decidido até 10 de dezembro.
Nos Jogos Olímpicos de 2022 em Pequim, que terminaram pouco antes da invasão da Ucrânia, a delegação do Comité Olímpico Russo – já privada de hino e bandeira devido a um vasto escândalo de doping – conquistou 32 medalhas, enquanto os bielorrussos arrecadaram duas.
