Duas embarcações portuguesas nos Mundiais de remo em busca de apuramento olímpico

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Duas embarcações portuguesas nos Mundiais de remo em busca de apuramento olímpico

Afonso Costa e Dinis Costa em busca do apuramento olímpico
Afonso Costa e Dinis Costa em busca do apuramento olímpicoCOP
O Campeonato do Mundo de remo arranca domingo e até 10 de setembro atribui, em Belgrado, títulos mundiais e 114 quotas para Paris-2024, com os irmãos Afonso Costa e Dinis Costa em LM2x e André Pinto em M1

“Temos de ficar nos sete primeiros para o apuramento olímpico. O ano passado, ficámos em sétimo lugar. Este ano, tivemos alguns contratempos, com lesões. Eu tive duas, uma no joelho e outra na costela, o Dinis teve uma no joelho. Foi o ano mais atribulado de sempre, mas o objetivo mantém-se”, explica à Lusa Afonso Costa.

Dos três, é o único que sabe o que é estar nuns Jogos Olímpicos, com Pedro Fraga no 13.º lugar em Tóquio-2020, e agora procura repeti-lo ao lado do irmão, no “ano mais atribulado” que viveu na carreira.

Depois de anos sem lesões, a um problema no joelho, em novembro de 2022, que o irmão sofreu pouco depois, Afonso sofreu uma lesão durante o Europeu, uma fratura de esforço numa costela, que demorou mais que o normal a recuperar.

“Estive afastado do barco, só a fazer bicicleta. Chegámos a ponderar mesmo, quando estava quase bom, se daria para vir ao Mundial. Recuperei bem e juntámo-nos há 15 dias, o que é pouquíssimo. Mas o barco está a sair bem e continuamos confiantes de que conseguimos apurar, apesar de todos estes contratempos”, avalia.

Estar nos Jogos ao lado de Dinis Costa seria “algo profundo, difícil de explicar”.

“É algo com que eu, ele e a minha mãe tínhamos como sonho partilhado. Ela já morreu, não pôde experienciar a nossa evolução. Dito isto, é algo muito profundo para nós, intenso”, atira.

Por seu lado, André Pinto chega com “expectativas altas”, mas ciente de que terá de dar “um passo além” para chegar à qualificação olímpica, atribuída por quota ao país e não nominal no remo, aqui às sete primeiras embarcações em cada regata olímpica, após um início de época a classificar-se a meio da tabela nas regatas seniores.

“Será uma competição muito grande, com 48 inscritos. Isso traz vontade de perceber até onde consigo ir. Os objetivos passam pelo apuramento olímpico, sabendo de onde vim”, afirma.

Chega sensivelmente um mês depois de um quarto lugar nos Mundiais de sub-23, “um passo muito grande em frente”, mas este desafio envolve dar ainda “o maior de sempre”.

Está “confiante” e motivado por “poder competir contra os melhores do mundo, o que é sempre fascinante”, até porque espera que um dia possa estar nesse lote.

“Tanto em termos técnicos como fisiológicos tenho tido bons indicadores neste início de época. Já percebi uma grande evolução”, admite.

Os Mundiais em Belgrado, no caminho de Ada Ciganlija, no Lago Sava, são a primeira oportunidade de qualificação para Paris-2024, com 57 lugares para cada género em 14 classes olímpicas, além das provas de remo adaptado.

A Grã-Bretanha defende o primeiro lugar no medalheiro que ocupou em 2022, na República Checa, com quatro ouros, numa competição que engloba 20 corridas (seis não olímpicas).

Quanto ao apuramento olímpico para europeus, em maio há uma regata continental em Szeged, Hungria, antes de uma competição final em Lucerna, na Suíça.