Entrevista Flashscore a Hugo Gomes, o talismã das equipas da Liga 2

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Entrevista Flashscore a Hugo Gomes, o talismã das equipas da Liga 2

Entrevista Flashscore a Hugo Gomes, o talismã das equipas da Liga 2
Entrevista Flashscore a Hugo Gomes, o talismã das equipas da Liga 2Hugo Gomes
Esta é a história de um defesa central brasileiro que aterrou na Europa pela primeira vez no verão de 2015 com um objetivo: realizar o sonho de se tornar um futebolista profissional e tentar deixar a sua marca no Velho Continente. A primeira paragem foi em Espanha, no Maiorca, depois Granada, antes de finalmente se juntar à Liga Portuguesa. Hugo Domingos Gomes, de 27 anos, atualmente no Moreirense, responde às perguntas do Flashscore.

- Hugo, é um prazer estar consigo e discutir futebol... Em nome do Flashscore, obrigado por aceitar a entrevista. Como é que se está a sair? Como é a sua vida em Portugal, já cá está há algum tempo.

Está tudo a correr muito bem. A vida aqui em Portugal é muito tranquila. Este é o meu quinto ano aqui. A língua do país é a mesma que a minha. É um país com um clima muito agradável, mesmo que o Inverno seja talvez um pouco mais frio do que no Brasil. Mas já estou habituado a isso. E a minha família é muito feliz em Portugal, eles amam este país e adaptaram-se. Estou à espera do meu segundo filho, o primeiro já tem um ano de idade. Tenho a impressão de que ele já gosta de Portugal (risos). Estou muito feliz aqui e veremos quantos mais anos poderei ficar em Portugal.

- Como está a correr a época com o Moreirense até agora? Está em primeiro lugar na Liga... foi um bom arranque!

A época está a correr muito bem, melhor do que pensávamos. Somos líderes, numa posição forte (o Moreirense está 4 pontos à frente do Farense com menos um jogo). Não pensámos que ia ser assim, porque a segunda divisão portuguesa é extremamente competitiva e muito disputada. Por isso, sentimo-nos bem. O jogo contra o SC Braga, em novembro para a Taça de Portugal, uma equipa da Liga Europa, apesar da derrota (2-1), serviu para nos fazer crescer e nos fazer avançar. E finalmente, no campeonato, sentimo-nos extremamente bem. Temos apenas um objetivo, que é chegar à Liga Portugal. Se conseguirmos ser campeões, será ainda melhor para nós. A nível pessoal, sinto-me muito bem. Jogo quase todos os jogos. Estou a marcar golos, como nas últimas temporadas. E neste momento tudo está a correr muito bem, como eu esperava.

- Fale-nos um pouco sobre o seu futuro, só lhe resta um ano no seu contrato com o Rio Ave.

Sim, é verdade. Esta temporada estou emprestado pelo Rio Ave. Este é também o último ano do meu contrato. Como resultado, no final do ano, estarei livre. Vamos ver o que o futuro me reserva.

- Ao preparar a entrevista, apercebemo-nos de que faz muitas vezes parte da equipa que é campeã na Liga Portugal 2. Pode-se dizer que é um talismã! Acha que é coincidência?

Sim, é verdade o que diz. Se subirmos com o Moreirense, será a quarta vez que me estou na subida de um clube à Liga portuguesa. Bem, talvez seja um talismã (risos)... mas é sobretudo saber escolher as equipas para as quais vou jogar, saber escolher as que têm a ambição de subir. É um campeonato que conheço muito bem, em que tenho participado durante vários anos. Por isso escolho sempre equipas com ambição, com uma boa estrutura de trabalho. E bem, podemos dizer que tudo está a correr bem (risos). Se tudo correr como planeado, esta será a minha quinta época na Liga Portugal 2 e a minha quarta subida. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance. E se ganharmos o campeonato, será a terceira vez consecutiva que faço parte da equipa vencedora. E penso que isso nunca aconteceu na história deste campeonato. Teria de verificar, esse é o seu trabalho (risos). Mas penso que será a primeira vez.

- Tenho a certeza que está concentrado na época, mas no final da época terá de pensar no que há a fazer. De qualquer das formas, é demasiado cedo para falar sobre qual será a sua decisão, mas o Hugo não gostaria de jogar no principal escalão?

Claro que gostaria de jogar um dia. Mas, por vezes, um jogador tem que ver todas as situações que lhe surgem no caminho. Tem de ver a cidade em que vai viver, o plano que o clube lhe oferece... e, muitas vezes, não é uma simples questão de querer jogar na primeira divisão ou não. Por vezes, as equipas primovidisionárias não são tão ambiciosas como algumas equipas da segunda divisão. Hoje, o que eu sei é que no final da época não tenho contrato. Por isso não tenho de voltar ao Rio Ave e serei um jogador livre. É nessa altura que verei para onde vou. Agora, sim, eu gostaria de jogar na primeira divisão, mas tem de ser um projeto com ambição. Prefiro ficar onde estou e lutar para ser campeão do que jogar na Liga Portugal e lutar para não descer.

- Voltemos aos acontecimentos atuais e ao Campeonato do Mundo no Catar, onde o seu país, o Brasil, foi surpreendentemente eliminado nos quartos de final pela Croácia (1-1, 4-2 nos penáltis). Conhece alguns dos jogadores desta equipa, jogou com ou contra eles quando estava na formação do São Paulo. Como viu esta equipa sob Tite, apesar da derrota?

Sim, é verdade. Conheço bem o Éder Militão, treinei várias vezes no São Paulo com o Casemiro, há também Antony, que conheço das camadas jovens do Brasil. E a Seleção tem sempre uma boa equipa e é sempre favorita. Gosto muito da equipa e de alguns dos jogadores como Vini ou Rodrygo, jogadores que estão habituados a jogar na Liga dos Campeões. Mas o problema é que, num Campeonato do Mundo, tudo se torna muito complicado. Qualquer coisa pode acontecer, incluindo lesões inesperadas. Num jogo, podes ficar de fora. E foi isso que aconteceu com a equipa de Tite. Claro que vi o Brasil como favorito, mas também a Argentina com Messi e jogadores como Di Maria, França com Mbappé, e Portugal, que eu pensava ter uma equipa muito forte.