"Os nossos pensamentos estão com a sua família, com os seus companheiros de equipa e com todos os que estão de luto pela enésima vida destruída pela violência na estrada", escreveu a ACCPI no X. Sara Piffer fazia parte da equipa G.S. Mendelspeck, sediada em Pineta di Laives, não muito longe de Bolzano, Trentino (norte).
Segundo os primeiros relatos da imprensa, Sara Piffer estava a treinar na zona com o irmão quando um homem de 70 anos, que circulava em sentido contrário, a atropelou ao ultrapassar outro veículo. O irmão sofreu apenas ferimentos ligeiros, segundo a mesma fonte.
Nos últimos anos, têm-se registado vários acidentes de viação fora de competição envolvendo ciclistas profissionais.
Em 2017, o italiano Michele Scarponi, vencedor do Giro em 2011, morreu aos 37 anos depois de ter sido atropelado por uma carrinha durante um treino perto da sua casa em Filottrano (centro de Itália). Cinco anos mais tarde, outra figura do ciclismo italiano e mundial, Davide Rebellin, antigo vencedor da Liège-Bastogne-Liège, morreu após ter sido atropelado por um camião em Itália.
Em 2023, o belga Tijl De Decker, vencedor da Paris-Roubaix U23, morreu dois dias depois de ter colidido violentamente com a traseira de um carro durante um treino. Tinha 22 anos de idade.
Os ciclistas profissionais são confrontados com os perigos da estrada quase diariamente durante os seus treinos. O colombiano Egan Bernal, vencedor da Volta a França em 2019, quase perdeu a vida quando chocou contra um autocarro em 2022.
E também este inverno, o duplo campeão olímpico em Paris, o belga Remco Evenepoel, foi parar ao hospital com múltiplas fraturas. Enquanto treinava sozinho a noroeste de Bruxelas, não conseguiu evitar um carro dos correios belgas, cujo condutor abriu subitamente a porta quando ele passou.