"Pela primeira vez em pelo menos seis meses estou feliz e pela primeira vez em muitos anos sinto-me livre", disse Braathen na sexta-feira numa conferência de imprensa em Sölden, Áustria, onde a época começa este fim de semana:"Toda a gente que me conhece sabe que a liberdade é uma das minhas maiores fontes de sucesso e alegria."
Foi também em Sölden que Braathen venceu a primeira corrida da Taça do Mundo em 2020.
"Uma vez que a alegria já não existe, optei por começar a minha próxima viagem. A vida é demasiado curta para continuar a fazer coisas que não me fazem feliz", afirma.
A Federação Norueguesa de Esqui está chocada com a notícia e lamenta a interrupção da carreira de Braathens, de 23 anos.
"Esta é uma notícia triste e foi uma surpresa para todos nós, e lamento profundamente que Lucas Braathen tenha chegado a esta conclusão. Ao mesmo tempo, não podemos fazer outra coisa senão respeitar a decisão que ele tomou", afirma Tove Moe Dyrhaug, presidente da federação, num comunicado de imprensa.
Braathen entrou recentemente num conflito de direitos com a federação de esqui, uma vez que tem feito publicidade a uma marca de roupa que a federação diz não estar autorizada a fazer.
"Não me estou a demitir como forma de protesto nem por ser vingativo ou amargo", sublinhou Braathen na sexta-feira. De acordo com o esquiador, a decisão foi tomada há três ou quatro semanas. Na quinta-feira, deu a dura notícia aos seus colegas de equipa.
Braathen estreou-se na Taça do Mundo aos 18 anos. Obteve a sua primeira vitória na Taça do Mundo em Sölden, há três anos.
Desde então, obteve mais vitórias e sete subidas ao pódio. No ano passado, esteve no topo da maioria das corridas da Taça do Mundo e ganhou a geral no slalom.