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Estados Unidos vedam acesso de mulheres trans ao desporto

O Presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, anunciou a decisão
O Presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, anunciou a decisãoAnna Moneymaker / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP / Profimedia

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, na terça-feira, um projeto de lei que restringe, pelo menos severamente, o acesso das mulheres trans aos programas desportivos para raparigas e mulheres nas chamadas "escolas K12" (do jardim de infância ao 12.º ano). O projeto de lei foi aprovado na câmara liderada pelos republicanos por 218 votos contra 206.

O projeto de lei, que se aplicaria a todas as escolas financiadas pelo governo federal, irá agora ser votado no Senado, onde os democratas têm a maioria. A questão foi um dos pontos de destaque na campanha presidencial republicana do futuro presidente Donald Trump.

"A esmagadora maioria acredita que os homens não têm lugar nos desportos femininos", afirmou o New York Times, citando o congressista republicano Greg Steube, da Florida, que apoiou o projeto de lei: "Este projeto cumpre o mandato que o povo americano deu ao Congresso".

Nos EUA, tem havido repetidos debates sobre a admissão de mulheres trans no desporto feminino. Em 2022, a nadadora Lia Thomas, que tinha vivido como homem até aos 20 anos, ganhou o campeonato universitário dos EUA.

O seu caso causou sensação e a federação mundial excluiu-a de todas as competições femininas. Em vão, Thomas recorreu desta decisão para o Tribunal Internacional de Arbitragem do Desporto (TAS).