Numa longa mensagem publicada no site X, Conor McGregor afirmou ter tomado a decisão "após cuidadosa consideração e consulta com a (sua) família".
O seu "compromisso com a Irlanda não termina aqui" e questionou a lei eleitoral, que exige o patrocínio de 20 deputados ou quatro autarquias locais para validar uma candidatura.
McGregor, figura de proa do movimento anti-imigração irlandês, denunciou um "défice democrático contra a vontade do povo irlandês" e, em particular, dos "irlandeses esquecidos que se sentem abandonados e ignorados pelas políticas de desordem do sistema em vigor".
"Existe agora um movimento muito visível e ativo de patriotas irlandeses que regressam às nossas origens culturais e históricas e que procuram preservar e proteger o nosso modo de vida irlandês (...). Esta maré não pode ser travada", acrescentou.
Apelidado de "The Notorious", foi recebido com honras na Casa Branca por Donald Trump em março, por ocasião do Dia de São Patrício.
Em novembro passado, o desportista foi condenado por violação numa ação civil. Foi também processado nos tribunais civis federais dos EUA por uma mulher que o acusa de a ter agredido sexualmente em Miami, em junho de 2023.
As eleições presidenciais irlandesas realizar-se-ão a 24 de outubro para encontrar um sucessor para Michael Higgins, que ocupa este cargo essencialmente honorário desde 2011. Três candidatos já declararam a sua candidatura: Catherine Connolly (à esquerda), Jim Gavin do Fianna Fail e Heather Humphreys do Fine Gael, dois partidos da coligação governamental de centro-direita.
Para além de McGregor, outras personalidades, como o músico Bob Geldof, manifestaram interesse no cargo, mas desistiram.