Depois da vitória do Brasil em 2002, só o velho continente triunfou no Mundial, com o tetra da Itália, em 2006, na Alemanha, a estreia a vencer da Espanha, em 2010, na África do Sul, o tetra da Alemanha, em 2014, no Brasil, e o bis da França, em 2018, na Rússia.
Em 2022, no Catar, os gauleses voltam a chegar à final, mas, ao contrário do que sucedeu há quatro anos, a Europa não pode fazer a festa antes do jogo, pois a Argentina substitui a Croácia na final, curiosamente depois de afastar os croatas, ainda vice-campeões em título, nas meias (3-0).
Antes deste ciclo de quatro títulos consecutivos, a UEFA só tinha revalidado o cetro em 1938, ano em que a Itália repetiu a vitória de 1934.
Em termos de total de títulos, a Europa procura o 13.º e alargar para quatro canecos a vantagem sobre a América do Sul, que, por seu lado, vai em busca do 10.º, que encurtaria a sua desvantagem para apenas dois.
Num Mundial que nunca escapou a estas duas confederações, a UEFA lidera agora de forma confortável, sendo que, antes deste ciclo, só tinha comandado de forma isolada após as edições de 1938 (2-1) e 1954 (3-2).
O Mundial começou em 1930, no Uruguai, e com uma vitória dos anfitriões, seguindo-se dois triunfos da Itália, o primeiro em casa e o segundo na vizinha França.
Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil foi o organizador em 1950, mas foi o Uruguai a bisar, precisamente na segunda participação, após as ausências de 1934 e 1938.
A Europa voltou ao comando com a vitória da RFA em 1954, mas, vingando o Maracanazo, os canarinhos, com Pelé, responderam com dois triunfos consecutivos (1958 e 1962) e voltaram a adiantar a América do Sul.
Seguiu-se um longo período de alternância, com o único cetro da Inglaterra (1966), o tri do Brasil (1970), que valeu a Taça Jules Rimet, o bis da RFA (1974), a primeira vez da Argentina (1978) e o tri da Itália (1982).
Em 1986, Maradona escreveu o bis da Argentina, antes do tri da RFA (1990), do tetra dos brasileiros (1994), da estreia gaulesa (1998), e do penta dos canarinhos (2002).
A América do Sul ficou a vencer por 9-8, mas, nas últimas quatro edições, a Europa somou outros tantos triunfos e virou para 12-9, com os tetras de Itália (2006) e Alemanha (2014), intercalados pela estreia a vencer da Espanha (2010) e o bis da França (2018).