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Europeu Feminino: "Precisávamos de matar o jogo", lamenta Sakina Karchaoui após eliminação de França

Sakina Karchaoui lamenta a eliminação das Bleues
Sakina Karchaoui lamenta a eliminação das BleuesSEBASTIEN BOZON / AFP
Sakina Karchaoui estava na zona mista no final do jogo dos quartos de final, após a França ter sido eliminada pela Alemanha nos penáltis (1-1, 5-6).

Recorde as incidências da partida

- Deram tudo. A Alemanha foi muito forte esta noite?

- Não partilho da sua opinião. Acho que, com 11 contra 10, tivemos de matar o jogo. Talvez elas estivessem mais determinadas nessa partida. Tínhamos as nossas armas, criávamos jogadas, mas hoje isso não aconteceu. É verdade que é frustrante. Não quero falar por falar, mas é totalmente frustrante. Tínhamos tanta fé neste grupo, no que construímos e assim por diante. Mas não há que deitar tudo a perder, pelo contrário, há que guardar muitas coisas positivas. E um dia isso vai passar, sabemos disso.

- O que é que precisavam para matar o jogo?

- Essa é a questão. Acho que não me quero deixar levar por isso. É preciso voltar a olhar para o jogo, é preciso recuar. Mas penso que, com 11 contra 10, precisávamos de matar o jogo. Depois disso, foram anulados dois golos. Não sei porque é que o segundo foi anulado. Disseram-me que podia ter sido Maëlle numa posição, não sei... Mas pronto, é um momento de emoção e estamos a perder nos penáltis. É verdade que é totalmente frustrante, mas havemos de ultrapassar isso.

 Laurent Bonadei disse antes do jogo que vocês não tinham necessariamente uma sessão especial de penáltis. Sentiram falta disso esta noite?

- Não, nem por isso. Porque o Amel (Majri) trabalha nisso todos os dias. Eu trabalho com elas todos os dias. Há raparigas que não trabalham isso e que também marcaram. Portanto, não, não acho que seja isso. É assim que as coisas são. Não sei o que dizer sobre isso. Há quem diga que é uma lotaria, há quem diga que é um exercício mental. Só acho que deviam ter ganho o jogo e não ter ido para os penáltis.

- Porque é que a Alice Sombath marcou o sétimo penálti quando havia outras jogadoras mais experientes no grupo?

- Quando estávamos no grupo, dissemos que quem cobraria os penáltis seria quem tivesse vontade de cobrá-los. Não queremos obrigar alguém a bater se não lhe apetecer. E a Alice também tem a experiência para ir. Essa é também a força do nosso grupo, o facto de confiarmos em todas e de contarmos com a experiência de todas. Vimos isso no Euro e aqui com os penáltis. A Amel Majri, que tem experiência, foi bater um penálti e falhou, apesar de estar sempre a bater. Portanto, é assim mesmo, são os caprichos do jogo e há que aceitá-los.

- Achou que estava tudo resolvido depois do resultado de 1-0 com 11 contra 10? 

- Não, acho que não. Porque, ao darmos a volta ao campo, dizíamos a nós próprias que ainda estava 0-0 e tínhamos de dizer na nossa cabeça que elas também estavam reduzidas a 10. Por isso, não, de todo, não nos sentimos melhor nem mais bonitas naquele momento. Mas é verdade que tínhamos de matar o jogo e não o fizemos. Por isso, é algo que teremos de trabalhar nas próximas sessões.

- Fisicamente, foi um duelo difícil. Isso afetou a sua forma de jogar?

- Não, nem por isso. É que elas jogaram quase exclusivamente com bolas longas. É verdade que não temos o hábito de jogar longas partidas. Acho que fomos melhores no início porque elas estavam a fazer o jogo delas, obviamente. Era mais prático para nós. Mas há sempre que analisar o jogo para ver onde não estivemos bem e corrigir as coisas para a próxima vez.