“Foi um pouco desesperante estar à espera dos outros e não depender de mim. Dá um bocado de ansiedade, mas valeu a pena. Queria o apuramento direto, mas a minha série era a mais igualada de todas, como se provou agora”, afirmou o atleta do Sporting, na zona mista da Ataköy Arena.
Abdel Larrinaga foi quinto na primeira série, em 7,77 segundos, avançado para as semifinais, marcadas para domingo, às 7:35 horas, com a 14.ª marca das eliminatórias, sendo o terceiro repescado, em igualdade com o espanhol Kevin Sánchez, com quem partilhou o sofrimento no desfecho das eliminatórias.
“Confiei na corrida, para as semifinais não pode acontecer o mesmo, porque, se não, fico fora. De manhã é difícil correr bem rápido e acho que amanhã (no domingo) vai correr-se ao mesmo ritmo, a 7,60 ou 7,70”, explicou.
O barreirista do Sporting, de 29 anos, tem 7,67 como recorde pessoal alcançado em 2022, sendo que este ano a sua melhor marca foi 7,73, antevendo que precise de correr a esse ritmo para chegar à final, que vai encerrar o programa dos Europeus, no domingo, 18:05 horas.
“Esta competição é mais de tentar passar e não de ir à procura de um recorde. Ninguém correu perto das suas marcas e acho que isso me vai ajudar, até porque eu era decatleta e estava habituado a acordar cedo, mas estes rapazes não. Mas, não há desculpa nenhuma, são oito pistas e é igual para todos”, rematou.
O recorde nacional dos 60 metros barreiras é de 7,66 e é partilhado por Rasul Dabo e João Almeida, que conseguiram estas marcas em 2014 e 2015, respetivamente.
O melhor desempenho luso na prova em Europeus em pista coberta remonta a Praga 2015, quando João Almeida foi 11.º.