“No nosso país, a natação artística está a dar passos para criar uma base de praticantes. Sabemos que temos esta limitação de infraestruturas. Precisamos de tanques com especificações que não temos, de momento, se quiséssemos ter um programa nacional de desenvolvimento desta especialidade. Neste momento, em função das instalações, estaríamos limitados a determinadas regiões”, admitiu o governante.
Pedro Dias visitou hoje o Complexo Olímpico de Piscinas do Funchal, na Penteada, e almoçou com a seleção nacional a participar até quinta-feira no Europeu, bem como os 11 convocados lusos para a Taça COMEN, dedicada a nadadores dos 13 aos 15 anos que decorre em paralelo.
O secretário de Estado notou esta proximidade como “um sinal” da atenção dada pelo Governo a uma modalidade que esteve perto dos Jogos Olímpicos Paris-2024, com Maria Beatriz Gonçalves e Cheila Vieira, e o trabalho da Federação Portuguesa de Natação (FPN).
“Isso (limitação em infraestrutura) não inibe a FPN de fazer uma aposta e criar condições para que esta especialidade possa crescer e desenvolver-se. Já vimos, pelo trajeto que temos tido, pelos resultados recentes, que temos potencial. Agora, é aproveitar e, dentro das nossas possibilidades, ir qualificando esse processo”, referiu.
Elogiando a “extraordinária piscina” em que o evento decorre, salientou o seu papel na “construção de bases” junto de nadadores portugueses, pelo efeito de aproximação a referências nacionais e internacionais.
Por outro lado, elogiou “a capacidade que existe em atrair organizações de grandes eventos desportivos internacionais” para Portugal, que tem recebido “interesse muito grande” de federações de cúpula de várias modalidades, pela sua “capacidade de organização extraordinária” e por saber acolher.
O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, também visitou hoje as piscinas, cumprimentando a seleção nacional, e disse aos jornalistas que realizar estes eventos é “ótimo” para a região, seja do ponto de vista desportivo seja “do turístico e comercial”.
“Na alta competição, um dos fenómenos fundamentais é os nossos atletas acompanharem as outras seleções e competirem com elas. Dá-lhes mais competitividade, e não tenha dúvidas que este contacto é essencial”, declarou.