O homem de 33 anos foi morto a tiro num ataque "direcionado" em Riverstone, um subúrbio no noroeste de Sidney, na noite de quarta-feira, informou a Polícia de Nova Gales do Sul.
Pouco depois do tiroteio, dois carros foram encontrados incendiados em locais diferentes, um sinal típico de recentes ataques do crime organizado que têm abalado a cidade.
"É algo muito ousado e é lamentável que isto esteja a acontecer na nossa comunidade", afirmou o superintendente da Polícia de Nova Gales do Sul, Jason Joyce.
"Gostaríamos de pensar que numa zona residencial as pessoas poderiam circular pelas ruas a essa hora do início da noite em segurança, mas acreditamos que se tratou de um ataque direcionado", acrescentou.
A imprensa local noticiou que Suman Mokhtarian já tinha sobrevivido a uma tentativa de homicídio em fevereiro passado, quando um atirador disparou sobre ele à porta de um ginásio no oeste de Sidney.
Segundo a ESPN, competiu duas vezes no UFC, em 2018 e 2019, tendo perdido em ambas as ocasiões, antes de se dedicar ao treino.
O site refere que ajudou a desenvolver alguns dos melhores talentos australianos das artes marciais mistas.
Um residente local, que se identificou apenas como Ben, contou que passeava com a esposa quando ouviu um disparo.
"Foi por essa altura que também ouvimos um estrondo e muito fumo subiu no ar... devia ser o carro", disse ao The Sydney Morning Herald.
"Houve grande alvoroço, muitas pessoas ficaram em choque porque nunca tinham presenciado nada assim. O tiroteio aconteceu com crianças literalmente a andar de bicicleta no parque".
A vizinha Natalie, que também não revelou o apelido, contou que estava à porta de casa com os filhos quando tudo aconteceu.
"Liguei imediatamente para a polícia", disse à emissora nacional ABC.
Natalie afirmou que correu para ver se Mokhtarian ainda estava vivo, mas "era evidente que não estava".
"Percebi logo que não estava vivo, caso contrário teria tentado ajudá-lo", explicou.
O homicídio ocorreu um dia depois de a polícia ter impedido uma "equipa de assassinos" armada, com balaclavas, câmaras corporais e bidões de combustível, a caminho de uma creche.
A polícia está a investigar se os dois incidentes estão relacionados.