Em junho passado, a atleta queniana esteve perto de se tornar a primeira mulher a atingir essa marca, numa tentativa realizada num evento não oficial, em condições favoráveis, parando o cronómetro nos 4 minutos, 06 segundos e 42 centésimos, no Estádio Charléty, em Paris.
“O meu objetivo era tornar-me a primeira mulher a correr a milha abaixo dos quatro minutos. Diria que não consegui o que queria, mas enviei a mensagem de que um dia será possível”, afirmou Kipyegon, em entrevista divulgada esta quinta-feira, a um mês dos Mundiais de Tóquio (Japão).
“E, se não sorrir para mim, um dia outra atleta o fará”, acrescentou a campeã queniana.
A tricampeã olímpica também confessou que esse objetivo, que a faria entrar para a história, lhe serve de motivação ao acordar todas as manhãs.
Kipyegon olha para a maratona
"Acredito que haverá uma mulher que correrá (a milha) abaixo dos quatro minutos nesta geração ou na próxima. E é por isso que continuo a treinar", declarou.
"Conquistei muitas coisas, mas apesar de todas essas medalhas olímpicas ou mundiais ainda tenho uma motivação, ainda quero mostrar que as mulheres são capazes de tudo", indicou.
Apenas alguns dias depois da sua tentativa falhada em Paris, a incansável Kipyegon conseguiu recuperar-se para estabelecer um novo recorde mundial nos 1500 m na Liga Diamante "Prefontaine Classic" em Eugene (Estados Unidos).
Os próximos Mundiais, em Tóquio (de 13 a 21 de setembro de 2025), serão os primeiros a impor um teste de género aos atletas, de acordo com o regulamento recentemente adotado pela World Athletics, a Federação Internacional de Atletismo, uma medida que a queniana avaliou de forma positiva.
Por fim, revelou que prepara a transição para a maratona, “muito em breve, mas não agora”.