Famílias de vítimas da tragédia em estádio da Indonésia pedem indeminização

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Famílias de vítimas da tragédia em estádio da Indonésia pedem indeminização

A tragédia no estádio Kanjuruhan vitimou 135 pessoas
A tragédia no estádio Kanjuruhan vitimou 135 pessoasProfimedia
As famílias de sete das vítimas da tragédia no estádio Kanjuruhan, na Indonésia, uma das maiores de sempre em recintos desportivos, processaram as autoridades que consideram responsáveis. O caso remonta a outubro passado, quando 135 pessoas morreram, entre elas mais de 40 crianças. Uma investigação inicial atribuiu a culpa ao uso excessivo de gás lacrimogéneo por parte da polícia.

O processo civil visa oito entidades, incluindo a associação de futebol da Indonésia, a polícia nacional, o organizador da competição e os proprietários do Arema FC, clube da cidade de Malang. O presidente do país, Joko Widodo, também integra a lista de visados.

Imam Hidayat, advogado que representa as famílias, explicou que estas exigem responsabilidade e compensações. 

"Temos de considerar o sustento das famílias daqueles que morreram ou ficaram gravemente feridos. Estas, na nossa opinião, precisam de ser compensadas, ainda que as vidas não possam ser trocadas por dinheiro", explicou.

As famílias das vítimas pedem cerca de 3.9 milhões de dólares (perto de 3.7 milhões de euros) em danos, num processo que deu entrada no tribunal de Malang, revelou Hidayat. A informação foi confirmada por um representante do tribunal à AFP.

Os queixosos pedem também ao governo que cancele o plano de demolição do estádio de Kanjuruhan, defendendo que o mesmo deve ser transformado em museu, como lembrança da tragédia. Widodo comprometeu-se a reconstruir a estrutura de acordo com as normas da FIFA.

O incidente, recorde-se, aconteceu depois de a polícia ter disparado gás lacrimogéneo para as bancadas, que estavam lotadas, numa altura em que alguns adeptos invadiram o campo no final de um jogo da liga do país entre o Arema FC, equipa de Sérgio Silva e Abel Camará, e o Persebaya Surabaya.

Na sequência, o governo suspendeu as competições de futebol do país, tendo as mesmas recomeçado no início de dezembro, mas sem adeptos nas bancadas.

Hidayat, que integram uma equipa de advogados que representam as pessoas afetadas pela tragédia, enviou uma carta a Widodo a exigir a criação de uma equipa de investigação independente por parte da polícia, de forma a que se assegurem provas transparentes e objetivas.

Depois de uma investigação das autoridades locais, seis pessoas, incluindo três polícias, foram acusadas de comportamentos negligentes que causaram morte. Contudo, esta semana, um diretor da liga da de futebol da Indonésia, que estava entre os suspeitos, foi libertado, depois de ter estado detido sem acusação pelo período máximo permitido na lei.

Ainda assim, um representante da polícia, citado pelos meios de comunicação locais, garante que apesar da libertação o mesmo continua indiciado como suspeito.

Um grupo de trabalho especial, que investigou anteriormente a tragédia, já havia pedido a demissão do presidente e de todos os membros do comité executivo da associação de futebol da Indonésia, mas estes permanecem nos cargos.