Num encontro em que comprovou claramente ter mais argumentos que Tommy Paul, Novak Djokovic venceu tranquilamente por 7-5, 6-1 e 6-2, precisando de duas horas e 22 minutos para selar a partida.
Contudo, num primeiro set em que chegou a uma vantagem de 5-1, o sérvio acabou por ter de trabalhar mais do que se previa, depois de o norte-americano ter recuperado, chegando mesmo a empatar, antes de ceder no seu jogo de serviço.
"Consegui aguentar os nervos no final do primeiro set e estou muito satisfeito por alcançar mais uma final", sublinhou Djokovic, logo após o final.
Os parciais seguintes foram de domínio quase absoluto do número cinco mundial, que se impôs de forma clara para assegurar a sua 33.ª presença em finais de torneios Grand Slam e marcar lugar no duelo decisivo, no qual poderá conquistar o seu 10.º troféu em Melbourne Park.
"Significa tudo, especialmente nesta fase da minha carreira. Precisava disto e é muito gratificante ainda ter energia nas pernas para jogar a este nível nos maiores courts do mundo", vincou.
Questionado sobre a condição física atual, Djokovic brincou dizendo estar "bem, perfeito, a 110%".
"Não estou tão fresco como no início do torneio, claro, mas trabalhámos muitas horas na pré-época para estarmos na melhor condição para jogar a este nível. A experiência ajuda, também", acrescentou.
Quinze anos depois de ter conquistado o seu primeiro título no major australiano, o sérvio volta a uma final e assume nunca ter imaginado "que as coisas seriam assim".
"Sou muito abençoado e agradecido. Quero aproveitar todos os momentos. Sem a minha família e a minha equipa, não seria possível. O ténis é um desporto jogado de forma individual, mas este sucesso é tanto deles como meu".
Agora, terá pela frente Stefanos Tsitsipas, quarto colocado do ranking ATP, numa reedição do célebre duelo na final de Roland Garros. "Ganhei esse jogo, por isso as memórias são muito positivas. Acho que foi a primeira vez que recuperei de dois sets de desvantagem na final de um Grand Slam. Foi uma batalha física e mental muito grande", lembrou Djokovic, assegurando ter "muito respeito pelo Stefanos".
"Acho que é um dos jogadores mais interessantes do circuito, mas é trabalho para ambos no sábado e que ganhe o melhor", atirou.
A grande final terá um outro ponto de interesse: quem quer que vença será coroado como novo número um do mundo, assumindo o lugar até aqui ocupado por Carlos Alcaraz, que falhou o Open da Austrália por lesão.
"Ganhar um Grande Slam e ser número um do mundo são, provavelmente, as duas maiores conquistas de um jogador profissional de ténis... vamos ver como acaba", disse Djokovic.