Depois da reação de Carlos Queiroz, a Federação do Irão fez mesmo uma comunicação oficial à FIFA.
"Juntamente com várias considerações infelizes sobre a equipa, o Sr. Klinsmann fez julgamentos sobre a cultura iraniana. Klinsmann, membro do Grupo de Estudos Técnicos da FIFA, disse que na partida entre Irão e País de Gales, os jogadores ‘trabalharam o árbitro’, fazendo sobre ele pressão. A Federação já pediu esclarecimentos imediatos à FIFA sobre este assunto, exigindo desculpas do Sr. Klinsmann e renúncia de suas funções como membro do Grupo de Estudos Técnicos da FIFA", refere o comunicado do Irão que, tal como fez Carlos Queiroz, convida Irão a "visitar a comitiva do Irão em Doha, para uma palestra sobre a milenar cultura persa e os valores do futebol e do desporto".
O comunicado da Federação do Irão tem, também, provocações ao antigo internacional alemão.
"Sendo alemão, está prometido que Klinsmann não será julgado pelo episódio mais vergonhoso da história dos Mundiais, a Vergonha de Gíjon em 82, quando Alemanha Ocidental e Áustria combinaram um resultado [as seleções passariam as suas se a Alemanha vencesse por 1-0 e foi o que aconteceu, com passividade no resto do jogo]. Como ex-jogador, não será julgado pelos seus famosos mergulhos dramáticos. E com certeza, como profissional do futebol, não será julgado por nenhuma outra questão política ou histórica relacionada com o seu país. Nesta visita, será sugerido ao Sr. Klinsmann rever os 99 minutos do Irão-Gales, mesmo que a partida já tenha sido transmitida mundialmente", acrescenta o comunicado.