“Estamos bastante felizes com esta decisão do Conselho da ISU. É um trabalho que temos vindo a fazer para que nos reconhecessem, aceitando-nos como membro efetivo. Já o éramos na velocidade no gelo, em que estávamos mais adiantados”, conta à Lusa o presidente da FDI-Portugal, Pedro Flávio.
Segundo o dirigente, se na velocidade já podem mostrar um título mundial júnior, de Jéssica Rodrigues, na artística “o trabalho estava um bocadinho menos desenvolvido”, tendo tido, nos últimos quatro anos, “um conjunto de pessoas a trabalhar” para criar campeonatos nacionais, regulamentos, formação de juízes e testes de níveis de dificuldade.
“Era muito importante começar a ter atletas em competições internacionais. Na última época, tivemos o David Gouveia, integrado no Programa de Preparação Olímpica, a Cláudia e Marco Letestu, irmãos e que fazem dança no gelo, e um conjunto de jovens atletas, algumas até formadas na nossa academia de patinagem”, conta Pedro Flávio.
Na academia na Serra da Estrela, que não tem dimensões olímpicas mas permite “desenvolver as bases”, surgem jovens patinadores no gelo, e a prova disso é que em 2026 “teremos mais atletas” em provas internacionais, afiança o dirigente.
“É um objetivo da federação, para que no futuro possamos ter atletas com resultados de destaque também na patinagem artística”, e não só de alguns portugueses a viver no estrangeiro com “pistas de gelo à porta”, afirma Pedro Flávio.