O registo inicial do Wück é misto - duas derrotas e duas vitórias. O espetáculo de 4-3 contra a Inglaterra em Wembley foi seguido por um 1-2 contra a Austrália, depois um 6-0 na Suíça, antes de outra derrota em casa por 1-2 contra a Itália, no final da temporada, causar frustração.
Recorde o Alemanha - Itália
No entanto, como o seu estilo caraterístico de futebol de força com pressão intensa já é reconhecível, o treinador de 51 anos disse que o início foi "definitivamente um sucesso". Apesar de ter de moderar as mudanças após a saída de jogadoras como Alexandra Popp e Marina Hegering, o antigo selecionador nacional de juniores quer "continuar neste caminho, ainda temos algum tempo até ao Campeonato da Europa".
A caça ao título começa na Suíça, dentro de sete meses, e as medalhistas olímpicas de bronze conhecerão as suas adversárias no sorteio de 16 de dezembro. No entanto, no caminho para a fase final, só restam jogos de competição, o tempo para grandes experiências acabou.
"Temos de aproveitar a Liga das Nações para nos prepararmos. Mas também queremos sobreviver na competição e obter resultados positivos", enfatizou a diretora de desportos da DFB, Nia Künzer.
A melhor maneira de conseguir isso é acabar com os erros individuais, como os cometidos em Bochum por Sarai Linder e pela estreante Ena Mahmutovic contra os Países Baixos e a Áustria (21/25 de fevereiro). Na frente, a proliferação de ocasiões de golo, que muitas vezes levou o antecessor Horst Hrubesch ao desespero, deve acabar.
Evolução positiva
Künzer destacou as recém-chegadas em torno de Cora Zicai (Friburgo) no elenco do Campeonato Europeu.
"Vejo realmente um grande potencial nas jovens jogadoras", afirmou.
A diretora também vê progressos em termos de jogo tático: "O nosso objetivo é defender no ataque, ser ativa e dominante. Já estamos a conseguir isso em muitas fases".
O futebol pragmático e seguro que lhes valeu o bronze no verão é coisa do passado.
"Acho extremamente revigorante a coragem com que jogamos. Christian nos dá muita confiança e tenho a sensação de que estamos florescendo com ele", explicou Laura Freigang.
No entanto, o facto de os erros também fazerem parte do processo de desenvolvimento é um "efeito de aprendizagem", sublinhou Wück, utilizando o exemplo da jovem Mahmutovic (FC Bayern), de 20 anos, cujo mau posicionamento descuidado da bola decidiu o jogo.
"Ela simplesmente tomou a decisão errada numa cena. Temos de o admitir perante as jogadoras, eu defendo estes erros", afirmou Wück.
O próprio selecionador alemão também tinha alguns trabalhos de casa para fazer antes de deixar o Estádio do Ruhr com um "Feliz Natal". Ele estava muito irritado com a atitude generosa da árbitra Stephanie Frappart (França).
"Preciso de me acostumar um pouco com as árbitras, dois cartões amarelos em quatro jogos, isso é demais", admitiu Wück.