"A FIFPro quer ser a única representante, a exclusiva. Nós queremos ouvir todos. As portas estão abertas, mas sem monopólios", afirmou o espanhol García Silvero, durante uma videoconferência de imprensa com vários órgãos de comunicação, incluindo a AFP.
A relação entre o organismo máximo do futebol mundial e o principal sindicato de jogadores tem sido marcada por uma tensão latente, que se agravou nas últimas semanas, em plena realização do Mundial de Clubes nos Estados Unidos.
O sindicato manifestou preocupações quanto ao calendário sobrecarregado de jogos, às altas temperaturas durante o torneio e ao que considerou ser um "pouco respeito" pelos direitos dos futebolistas.
Na semana passada, o argentino Sergio Marchi, presidente da FIFPro, criticou abertamente a liderança da FIFA, acusando Gianni Infantino de comandar uma “autocracia”.
"Jamais questionaríamos a legitimidade do presidente da FIFPro. O problema é que, por vezes, parece representar mais um obstáculo do que uma solução. A mesa está sempre preparada, e as portas estão abertas para os representantes dos jogadores", acrescentou García Silvero.
O dirigente sublinhou que a FIFA respeita a liberdade sindical, mas alertou que a FIFPro não é a única voz no universo dos jogadores: "Existem sindicatos que não fazem parte da FIFPro e que estão descontentes com ela. A FIFA está disposta a dialogar com todos os representantes dos futebolistas."
"Nas últimas semanas, dá a sensação de que a FIFPro quer mais aparecer nos meios de comunicação do que realmente preocupar-se em resolver os problemas dos jogadores", rematou García Silvero.
O responsável jurídico da FIFA assegurou ainda que, no que toca aos direitos dos futebolistas, "os avanços mais recentes partiram da FIFA, não da FIFPro".