Norris parte como favorito neste duelo a três, com uma vantagem de 12 pontos sobre Verstappen e precisa apenas de terminar no pódio em Yas Marina, independentemente de quem vença, numa noite que promete ser de grande emoção.
Esta é a última temporada antes do início de uma nova era na modalidade, com a expansão para 11 equipas e novas regras e motores, marcada por reviravoltas e surpresas para os três candidatos, nenhum dos quais pode ser descartado.
Todos somam sete vitórias, todos têm capacidade para aumentar esse registo e estão prontos para proporcionar um final ao pôr do sol digno de um filme de Brad Pitt sobre a F1.
Todos também já sentiram a frustração de abandonar corridas devido a colisões ou acidentes.
Temporada incrível, carro incrível
Norris, vencedor da prova inaugural em Melbourne em março, estava 34 pontos atrás de Piastri no final de agosto, mas conseguiu inverter a situação com uma sequência vitoriosa enquanto o australiano perdeu fulgor.
No ano passado, venceu em Abu Dhabi a partir da pole position, depois de perder a luta pelo título para Verstappen.
"Tem sido uma temporada incrível. Temos um carro extraordinário. Estou orgulhoso de todos na equipa. Obrigado a todos os nossos adeptos. Falta apenas uma corrida e vamos dar tudo", afirmou.
Piastri, que liderou de Jidá em abril até à Cidade do México em outubro, parecia encaminhado para ser o primeiro campeão australiano desde Alan Jones há 45 anos, mas agora está 16 pontos atrás do seu colega de equipa.
Precisa de vencer ou terminar em segundo e esperar por um golpe de sorte — por duas vezes neste século, o piloto que era terceiro à entrada da última ronda acabou por ser campeão.
Verstappen, que pode juntar-se a Michael Schumacher como os únicos pilotos a conquistar cinco títulos consecutivos, pode protagonizar a reviravolta mais impressionante de todas, depois de ter estado 104 pontos atrás de Piastri no final de agosto.
"Lutamos até ao fim", sorriu o neerlandês após vencer no Catar no último fim de semana, depois de ter triunfado em Las Vegas no sábado anterior.
Abu Dhabi tem sido um circuito talismã para ele, com quatro vitórias consecutivas no traçado anti-horário até ao ano passado.
Mais uma vitória, desde que Norris não suba ao pódio, será suficiente.
A McLaren viu ambos os seus carros serem desclassificados em Las Vegas e desperdiçou uma vitória para Piastri e um pódio para Norris no Catar devido a uma estratégia mal executada.
Será que os campeões de construtores, com o segundo maior registo de pontos numa só temporada, vão deixar escapar o primeiro duplo título desde 1998?
Prémios e paddock
Enquanto o drama do título se desenrola, outros vão lutar por prémios e pontos para melhorar a sua posição na hierarquia do paddock.
Mercedes e Red Bull disputam o segundo lugar, embora os primeiros pareçam estar em vantagem, com George Russell e Kimi Antonelli face à dependência da Red Bull em Verstappen.
Esta corrida será a última de Yuki Tsunoda pela Red Bull, com o seu lugar a ser entregue ao francês Isack Hadjar na próxima temporada, e aos parceiros de motores Honda antes da mudança para a Aston Martin.
A Ferrari tem uma última oportunidade para vencer uma corrida em 2025, enquanto o sete vezes campeão mundial Lewis Hamilton enfrenta a possibilidade de terminar a época sem sequer subir ao pódio.
A Sauber, na sua última corrida antes de se tornar equipa de fábrica da Audi e com Nico Hulkenberg a realizar a sua 250.ª partida, está apenas cinco pontos atrás da Haas, oitava classificada, que por sua vez está sete pontos atrás da Aston Martin.
A Alpine, propriedade da Renault, compete pela última vez com motores Renault antes de mudar para unidades Mercedes. Para o argentino Franco Colapinto, esta será a última oportunidade de somar o seu primeiro ponto da temporada.