Em declarações ao podcast On Purpose, que foi para o ar esta segunda-feira, o campeão de 38 anos, que cresceu numa pequena cidade perto de Londres, disse: “Para mim, a escola foi o período mais traumático e difícil da minha vida”.
“Comecei a ser alvo de bullying aos seis anos. Na minha escolha, eu era um de apenas três crianças de cor e os miúdos maiores e mais fortes implicavam muito comigo. Batiam a toda a hora, atiravam-me coisas, como bananas, e as pessoas usavam a palavra N (negro, nota de rodapé), diziam que era meio-sangue, e eu não sabia onde pertencia, foi muito difícil”, recordou.
Mas, continuou Hamilton: “Não me apetecia ir para casa e contar aos meus pais que estes miúdos me estavam a chamar nomes, ou que era alvo de bullying e de porrada na escola. Não queria que o meu pai pensasse que eu não era forte”.
Considerado um dos melhores pilotos de sempre, Hamilton mantém-se como o único condutor de raça negra na Fórmula 1. Criou a Fundação Mission 44 (“Missão 44”) e a organização Ignite com o objetivo de ajudar os jovens de meios desfavorecidos, a última é especificamente para promover jovens condutores, em parceria com a Mercedes.