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Fórmula 1: México reacende romance com a modalidade com possível regresso de Checo Pérez

O regresso de Sergio ‘Checo’ Pérez: o México revive o seu fervoroso romance com a Fórmula 1
O regresso de Sergio ‘Checo’ Pérez: o México revive o seu fervoroso romance com a Fórmula 1JAKUB PORZYCKI / NurPhoto / NurPhoto via AFP

Após meses de especulações e de conversas graduais entre aqueles que compreendem que o que é bom costuma ser feito lentamente, Sergio ‘Checo’ Pérez e a equipa Cadillac preparam-se para anunciar um vínculo entre ambos que virou o México de cabeça para baixo, um país que ansiava ver o seu filho pródigo regressar ao principal circuito do automobilismo.

No final de 2024, uma afición fervorosa ficou magoada e triste ao saber que Sergio Checo Pérez ia deixar a Fórmula 1. A separação do mexicano da equipa Red Bull, a partir deste ano, deixava órfã uma paixão incomensurável.

Depois de quatro temporadas de sucesso juntos, Sergio Pérez e a Oracle Red Bull Racing chegaram a um acordo para se separarem em 2025", lia-se num comunicado da equipa divulgado em dezembro.

A saída de Checo não abalou apenas melancolia mexicana. Em meio ao descontentamento pela notícia, a Fórmula 1 logo percebeu que tinha virado as costas a um mercado que não só dava cor apaixonada, como também provocava uma importante fatia económica que ameaçava diminuir devido à afronta à idiossincrasia nacional.

Mas o receio do que o Grande Prémio do México poderia representar em termos de raiva e protesto pode ser coisa do passado, graças a relatos que confirmam o regresso de Checo ao principal circuito sob o resguardo da equipa Cadillac, que se estreará na Fórmula 1 em 2026. Uma notícia que começou a circular no início do ano, mas que ainda não se concretizou.

Um novo início

A meio desta semana, surgiram notícias de que a Cadillac fechou a contratação do experiente Valtteri Bottas como um dos seus pilotos. Isso provocou uma especulação que tomou conta da opinião pública em torno do futuro de Checo, que desde o início do ano foi associado à equipa recém-criada que pretendia dar um golpe na mesa.

No entanto, após alguns dias cheios de incerteza, a idiossincrasia mexicana, acolhedora dos seus, explodiu de felicidade com os relatos que confirmavam o regresso de Checo’à Fórmula 1 como companheiro de Bottas para a próxima temporada.

O anúncio iminente dissipou o incómodo permanente que existia no Grande Prémio do México, que será realizado no final de outubro. Porque, embora Checo não vá estar na pista do Autódromo Hermanos Rodríguez provocando taquicardias aos milhares de pessoas presentes para o ver, o anúncio do seu regresso é um carinho que os mexicanos precisavam com urgência.

Anúncio iminente

Espera-se que o vínculo de Checo com a equipa norte-americana seja de dois ou três anos, para que a primeira temporada do mexicano sirva para se habituar ao novo carro e ao desenvolvimento. Um cenário que pretende ser semelhante ao que teve com a equipa Force India, onde conseguiu afirmar-se como um piloto de grande capacidade com um carro limitado.

A ideia da equipa é que Checo e Bottas sejam apresentados no âmbito do próximo Grande Prémio de Itália, agendado para 5-7 de setembro em Monza. Depois, uma vez resolvida a parte emocional, os dois pilotos dedicar-se-ão totalmente aos testes que a equipa tem programados para depois do verão.

O regresso de Checo é um presente necessário a um país que não entendia a Fórmula 1 sem o seu maior ídolo, mas também resolve um problema que vinha crescendo com o passar do tempo. "Vida, nada me deves! Vida, estamos em paz!", escreveu o poeta mexicano Amado Nervo. Um verso que exemplifica o regresso da cordialidade entre o principal circuito do automobilismo e o México. Para a sorte de todos.