Vettel, que conquistou quatro títulos de campeão mundial de Fórmula 1 com a equipa Red Bull e competiu pela última vez no Grande Circo ao serviço da Aston Martin, em 2022, esteve este fim de semana em São Paulo, por ocasião do Grande Prémio do Brasil, onde promoveu uma campanha de sensibilização para as questões climáticas.
“Se for tempo bem aproveitado, se houver um desafio e uma componente humana, de que gosto muito, então por que não?”, disse o alemão em Interlagos, sem entrar em pormenores ou dar exemplos concretos.
“Tem de haver um propósito. Não quero estar aqui apenas para ganhar dinheiro, não quero estar aqui só por estar. Não seria eu próprio e sentir-me-ia estranho. Talvez um novo papel... Não sei. Não ando a bater a portas a dizer: ‘Olha, podes contratar-me para fazer isto ou aquilo?’”, acrescentou o piloto de 38 anos.
Verstappen aliado de Vettel
O neerlandês Max Verstappen, campeão mundial nos últimos quatro anos com a Red Bull, afirmou em junho que traria Vettel de volta, numa altura em que se discutia a possibilidade de este suceder ao consultor da Red Bull e antigo piloto Helmut Marko, que tem agora 82 anos.
Vettel, o mais jovem campeão mundial da história da Fórmula 1, com 23 anos, em 2010, ao serviço da Red Bull, tem-se dedicado a iniciativas ambientais e participou no Prémio Earthshot do Príncipe William, na preparação para a cimeira climática COP30 no Brasil.
O alemão reconheceu o aparente conflito entre o combate às alterações climáticas e a Fórmula 1, que conta com 24 corridas em todo o mundo e exige deslocações aéreas significativas para todos os envolvidos.
Referiu que é necessário apostar em soluções como combustíveis sintéticos, o objetivo de atingir emissões líquidas zero de carbono até 2030 no desporto e viagens mais sustentáveis.
“Se a Fórmula 1 conseguir avançar e assumir a liderança na mudança, não só terá espaço para existir no futuro, como também um propósito claro ao mostrar aos outros: ‘Vamos, façam o mesmo’”, sublinhou o antigo campeão mundial.
Vettel frisou ainda que não se arrepende de ter terminado a carreira de piloto. “Fui muito privilegiado por poder escolher quando parar. Tomei essa decisão e não me arrependo. Mas espero continuar por aqui durante algum tempo e acredito que terei tempo suficiente para fazer coisas diferentes e continuar a aprender”, acrescentou o alemão.
