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Bad Bunny vai ser a estrela do espetáculo musical do Super Bowl: "Isto é para a minha gente"

Bad Bunny posa perante os media
Bad Bunny posa perante os mediaIMAGE PRESS AGENCY / NurPhoto / NurPhoto via AFP

O cantor porto-riquenho Bad Bunny (31 anos) será a grande estrela do espetáculo do intervalo do próximo Super Bowl, a final da Liga de futebol americano (NFL) e o evento mais seguido todos os anos nos Estados Unidos.

O popular cantor de reggaeton será o cabeça de cartaz do espetáculo em 8 de fevereiro no palco do Levi's Stadium em Santa Clara (Califórnia).

"O que eu sinto vai além de mim mesmo. É para aqueles que vieram antes de mim e correram incontáveis jardas para que eu pudesse entrar e marcar um touchdown", disse Bad Bunny num comunicado divulgado pela NFL.

"Isto é para a minha gente, a minha cultura e a nossa história. Vai e diz à tua avó que seremos o HALFTIME SHOW DA SUPER BOWL", acrescentou.

A Liga também publicou um pequeno vídeo nas redes sociais em que aparece a superestrela sentada em cima de uma baliza de futebol americano numa praia.

"Estive a pensar nestes dias, e depois de falar com a minha equipa. Acho que vou fazer uma única data nos Estados Unidos", escreveu o próprio Bad Bunny, que partilhou o vídeo com os seus quase 50 milhões de seguidores no Instagram.

Benito Antonio Martínez Ocasio acabou de terminar uma residência de 31 concertos em San Juan (Porto Rico) antes do início, em novembro, da sua digressão mundial 'Debí Tirar Más Fotos', que não tem paragens nos Estados Unidos.

No início deste mês, o cantor declarou numa entrevista que a decisão de não atuar nos Estados Unidos estava ligada à atual campanha de rusgas migratórias naquele país, ordenada pelo presidente Donald Trump.

"É algo de que falámos e que nos preocupava muito", disse o artista à revista britânica i-D.

Uma escolha "emocionante e natural"

A lista de artistas que já atuaram na Super Bowl inclui lendas como The Rolling Stones, Prince, Bruce Springsteen, Madonna, U2, Paul McCartney, Michael Jackson, Beyoncé e Rihanna.

Bad Bunny, vencedor de três prémios Grammy, tomará o lugar do rapper americano Kendrick Lamar, que cantou em fevereiro passado em Nova Orleães.

Essa edição, em que os Philadelphia Eagles destronaram os Kansas City Chiefs, voltou a bater o recorde de audiência de uma transmissão televisiva nos Estados Unidos, estimada em cerca de 127 milhões de telespectadores.

A última vez que a música latina protagonizou o espetáculo da final da NFL foi com a apresentação de Shakira e Jennifer Lopez em 2020, em Miami, à qual também se juntou Bad Bunny.

"Bad Bunny representa a energia global e a vitalidade cultural que definem o cenário musical atual", disse Jon Barker, vice-presidente de Produção de Eventos Globais da NFL.

"Como um dos artistas mais influentes e ouvidos do mundo, a sua habilidade única de conetar géneros, idiomas e públicos faz dele uma escolha emocionante e natural para protagonizar o espetáculo do intervalo da Super Bowl", afirmou também Barker.

Desde 2019, o espetáculo do intervalo é produzido pela Roc Nation, o grupo de entretenimento fundado pela estrela do rap Jay-Z.

A partida é o acontecimento anual mais visto na televisão norte-americana e conseguir um espaço nos seus cobiçados anúncios publicitários pode custar milhões de dólares.