Saquon Barkley sabe que não pode fazer muito sozinho. "Não sou o Super-Homem", diz a estrela do futebol americano antes do grande dia,"estamos a jogar o derradeiro jogo de equipa". E, no entanto, o running back dos Philadelphia Eagles pode ser a chave da Super Bowl contra os Kansas City Chiefs, depois dos seus feitos heróicos esta época, muitos olhos estarão postos nele em Nova Orleães. Os Chiefs, em particular, terão de estar sempre atentos a Barkley.
"Fly, Eagles Fly" é o grito de guerra dos adeptos de sangue quente, mas na segunda-feira à noite, Philadelphia não vai provavelmente voar, mas acima de tudo, correr novamente em direção à zona final. Corram, Eagles, corram, é o lema, o adversário brilha na corrida - graças a Barkley, e graças a Jalen Hurts, o quarterback também é difícil de parar quando corre com a bola debaixo do braço.
Os Washington Commanders descobriram recentemente o quão perigoso é o jogo de corrida dos Eagles. O Philadelphia venceu o adversário por 55-23 no jogo do campeonato da NFC, a meia-final, marcando sete de seus oito touchdowns em corrida. Hurts marcou quatro e Barkley três. O quarterback também marcou 246 jardas. O ataque está a funcionar.
As duas equipas defrontaram-se no "Big Game" há dois anos, quando os Chiefs venceram por 38-35 após prolongamento, e Hurts diz que a dolorosa derrota"acendeu um fogo" nele. Nick Sirianni compreende isso:"Aceitar a adversidade é extremamente importante", disse o treinador na conferência de imprensa antes da Super Bowl LIX, acrescentando que a desilusão de Glendale na altura foi"a principal razão pela qual estamos aqui de novo".
Subida íngreme
A vingança está à espreita, e as hipóteses não são más. Também por causa de Barkley. O jogador de 27 anos do Bronx veio do New York Giants antes da temporada - e deu conta do recado. Barkley conseguiu 2005 jardas em 16 jogos, perdendo o recorde de Eric Dickerson (2105) da temporada 1984/85 apenas porque os Eagles preferiram descansá-lo no último jogo antes da fase final do campeonato.
Barkley é modesto e tem problemas com a avaliação habitual dos números na NFL."Há estatísticas sobre Tom Brady e Peyton Manning, como se eles estivessem competindo um contra o outro", disse o astro recentemente, reclamando da impressão de que os lendários quarterbacks estavam praticamente jogando um contra um. "Essa não é a verdade. É um desporto de equipa".
Claro que Barkley tem razão, sem ajuda não tem espaço e não consegue cortar as defesas como gosta de fazer, por vezes de forma artística.
"Se houver cinco tipos no campo de defesa, não consigo ser mais esperto do que eles", diz ele, mas o futebol americano depende muito da classe individual. Barkley pode ser "o divisor de águas" na final, diz o ex-profissional da NFL e atual comentador da RTL Björn Werner:"Ele é o melhor running back da liga".