"Podemos tentar um novo estilo", disse o italiano sobre a possibilidade de abandonar o 4-3-3 e acrescentar um novo criador de jogadas ao sistema, sem Benzema e com a chegada de Bellingham, Brahim e Güler.
Aí recordou uma história dos seus primeiros anos como treinador e de como perdeu Roberto Baggio por se recusar a mudar o desenho tático. "Eu estava errado. Na Juventus, com Zidane, comecei a perceber que é melhor adaptar-me aos jogadores. Eles têm de se sentir confortáveis no sistema em que jogam. Este ano podemos jogar num sistema diferente. Não temos de esquecer o sistema com que jogámos nos deu muito sucesso, mas podemos tentar um novo estilo. Vamos experimentá-lo na digressão, que é uma boa altura", apontou.
Aí, o treinador terá a oportunidade de ver a adaptação e o nível das cinco novas caras. "Bellingham, Güler, Brahim, Fran García e Joselu têm a oportunidade de se adaptarem a uma nova ideia de futebol e de conhecerem melhor os seus novos companheiros de equipa".
Camavinga não terá de mudar de posição novamente. No ano passado, o francês foi um lateral de emergência, mas vai poder desfrutar do seu papel preferido. "Mendy é muito bom, tal como Fran Garcia, que nos pode dar muito. Camavinga é um médio com muita qualidade e projeção e a ideia é utilizá-lo como jogador interior ou trinco, não como lateral. Se Mendy e Fran García estiverem lá, ele não vai jogar a lateral".
A concorrência no meio-campo é grande. A Kroos, Modric, Valverde, Tchoauméni e Ceballos juntaram-se Güler e Bellingham. O inglês, a segunda contratação mais cara da história do Real Madrid, está a deixar uma boa impressão nas primeiras semanas.
"É um jogador muito jovem e diferente dos outros médios que temos. Estamos muito contentes por ele estar connosco e por elevar o nível da equipa. Chegou com problemas no joelho, mas está a trabalhar muito, está bem e vai jogar nesta digressão", revelou Carlo Ancelotti.
A chegada de Messi à MLS
Sendo esta uma aparição para os meios de comunicação norte-americanos, é normal que lhe tenham perguntado sobre a chegada de Messi aos Estados Unidos. "A contratação do Inter Miami pode ajudá-los a melhorar. Há uma grande paixão pelo futebol entre os cidadãos".
E contra o Barcelona, também haverá muita paixão porque não há amigáveis contra o maior rival. "O El Clasico é o El Clasico, independentemente do sítio onde é jogado. Não há amigáveis num jogo como este. Toda a gente sabe que são jogos espetaculares. Vimo-lo no ano passado num ambiente fantástico e tenho a certeza de que o veremos este ano em Dallas. É um jogo difícil, mas toda a gente gosta de o jogar e vamos tentar ganhá-lo como sempre", afirmou.