Recorde as incidências da partida
Os Gverreiros do Minho deram bons indicadores nesta pré-época. Os processos de Carlos Vicens são diferentes, mas estão cada vez mais assimilados e, pelo menos no ponto de vista ofensivo, já há um SC Braga capaz de causar estragos, desde logo frente ao Levski Sofia, no dia 24 de julho, na primeira mão da 2.ª pré-eliminatória da Liga Europa.
Na lista de 30 jogadores apresentados, destacaram-se os reforços. Dois deles - Lagierbielke e Dorgeles - foram titulares, num onze que começa a ser consolidado pelo novo técnico arsenalista, ainda com algumas baixas no plantel, mas já com Roger.
A mobilidade na equipa bracarense dificulta a explicação tática. Há quem diga que 4-4-2, 3-4-3 ou 3-5-2 são números de telefone e não análises futebolísticas, mas se olharmos para a forma como o SC Braga defendeu podemos mesmo falar num 5x3x2 - Zalazar fechou à esquerda e Dorgeles à direita.
Quanto ao futebol jogado, a equipa portuguesa não teve um arranque particularmente brilhante, pelo menos no que toca a oportunidades de golo. Do controlo do jogo já não se pode dizer o mesmo. Este SC Braga gosta de ter bola e todos participam, mas foi faltando capacidade de desequilíbrio.
Um desequilíbrio que Gorby (21') encontrou com um movimento na direção da baliza do Celta e um remate que Radu não conseguiu desviar do alcance da baliza. O maior destaque individual, no entanto, foi Zalazar (36'), que não rejeitou o papel de atleta à esquerda e ainda fez o 2-0 ao converter uma grande penalidade que teria sido revertida com VAR.
Na segunda parte, tal como já tinha acontecido com o Panathinaikos, o rendimento baixou e o SC Braga acabou por sofrer - El-Abdellaoui (51') apontou o golo da formação espanhola -, mas acabou em alta com o golaço de Diego (87') de fora da área.
Os reforços
Mais do que questões táticas, são os reforços que aguçam o apetite da pré-época. O SC Braga tem vários jovens vindos da formação no plantel às ordens de Carlos Vicens, mas importa destacar as caras novas em Braga, mesmo que o destaque ainda não seja assim tão considerável.
Lagierbielke parece ter pegado de estaca. Depois de uma boa temporada no Twente, o defesa-central voltou a mostrar capacidade com bola e muito conforto, mesmo quando necessita de usar o pé esquerdo. Falta ainda perceber como lida com momentos de maior pressão, algo que o Celta raramente procurou.
Já Dorgeles ainda não conseguiu mostrar-se na Pedreira. O médio chegou ao Minho com o peso de ser a contratação mais cara da história do SC Braga e Vicens deu-lhe um lugar no onze, mas o esquerdino não sentiu conforto a jogar à direita e, apesar de ser evidente que tem um bom pé esquerdo, não foi bem aproveitado naquela posição.
Na segunda parte, Vicens lançou os restantes dois reforços na ficha de jogo - Leonardo Lello e Bellarouch.
O antigo guarda-redes do Estrasburgo voltou a mostrar tranquilidade com a bola nos pés, ficou isento de culpas no golo do Celta e fez duas intervenções de relativa facilidade. Leonardo Lelo sentiu mais dificuldades, mas também não teve 45 minutos confortáveis, uma vez que jogou como defesa pela esquerda. Além de não ter subido no ataque como tanto gosta, é pelo seu espaço que surge o golo da formação espanhola.