Recorde as incidências da partida

Tal como acontecera na Neo Química Arena, mais uma jovem promessa do futebol feminino brasileiro brilhou ao serviço da seleção. No primeiro particular, foi Dudinha, formada no São Paulo, quem fez a festa. Já no segundo duelo com o Japão, foi Jhonson, jóia do Corinthians, que saltou do banco de suplentes para garantir o triunfo brasileiro, num jogo marcado pela tensão. Um primeiro golo de sabor especial com a camisola da selecção.
O Japão não somava duas derrotas consecutivas há mais de dois anos — um resultado expressivo para a equipa orientada por Arthur Elias, que apresentou uma postura bem mais afirmativa na segunda parte.
A equipa asiática criou várias dificuldades à seleção brasileira, sobretudo através da velocidade de Seike. Mariza Silva e Isa Haas chegaram mesmo a atrapalhar-se em determinado momento do encontro, valendo-lhes um raspanete de Arthur Elias.
A rainha Marta começou de início, mas não teve muitas oportunidades para exibir o seu talento. A bem da verdade, a movimentação da camisola 10 acabou por travar o ritmo mais intenso do jogo brasileiro.
Logo no arranque da segunda parte, com apenas 40 segundos decorridos, Seike inaugurou o marcador, aproveitando um deslize defensivo na marcação de um canto. A seleção precisava de uma nova dinâmica — e as alterações não tardaram.

Com Kerolin mais aberta e o Brasil em postura mais ofensiva, o Japão acabou por provar do mesmo veneno: sofreu o empate na sequência de um canto, com Ishikawa a desviar inadvertidamente para a própria baliza ao tentar aliviar.
Aos 28 minutos, Jhonson entrou para o lugar de Marta e recebeu a bênção da Rainha. Apenas seis minutos depois, num contra-ataque fulminante, a jovem promessa, servida por Kerolin, não tremeu perante Yamashita e atirou a contar. A emoção e o brilho no olhar diziam tudo: mais uma vitória de peso, a fechar uma Data FIFA perfeita para a seleção.